A senadora eleita Marisa Serrano (PSDB) admitiu hoje que seu partido poderá não integrar o primeiro escalão do futuro governo de André Puccinelli (PMDB). “É uma posição pessoal, não é do meu partido, mas o que nos interessa é que o André faça um bom governo, vamos participar do governo, mesmo que ele não dê uma secretaria para o PSDB”, disse a tucana em entrevista pelo telefone ao Campo Grande News. No telefonema, a senadora reiterou que seu partido “tem bons quadros”.

Tucanos e peemedebistas são companheiros de antigas jornadas na política de Mato Grosso do Sul. Estão juntos desde os anos 90, tanto nos tempos do governo Wilson Barbosa Martins (1995/98), do PMDB, quanto na oposição a Zeca do PT (1999/2006). O PSDB, entretanto, se movimenta para aumentar o seu cacife político. Depois de eleger a senadora, um deputado federal e dois deputados estaduais - Reinaldo Azambuja e Dione Hashioka - os tucanos trabalham para engordar sua bancada na Assembléia. Convites já foram feitos aos deputados eleitos Rinaldo Barbosa (PT do B) e Márcio Fernandes (PRTB) e a dois veteranos da Casa: Ari Artuzi (PMDB) e Antônio Carlos Arroyo (PL).

Os anúncios de futuros secretários feitos por Puccinelli até agora restringiram-se a ex-integrantes de sua equipe da prefeitura de Campo Grande. São eles: Osmar Jerônymo (Governo), Edson Girotto (Obras), Nilene Badeca (Educação), Carlos Alberto Menezes (Meio Ambiente, Cidades, Planejamento, Ciência e Tecnologia), e Beatriz Dobashi (Saúde).

O governador eleito também disse que um ex-ministro do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995/2002) também integraria a equipe de governo. O nome sondado e que aceitaria assumir o comando das relações institucionais de MS em Brasília é o do ex-ministro Martus Tavares (Planejamento). O ex-ministro da Agricultura, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, também foi procurado.