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Marinha não descarta possibilidade de haver sobrevivente

Alex Rodrigues, Agência Brasil - 02 de junho de 2009 - 19:03

Brasília - Quase 44 horas após o desaparecimento do Airbus A-330 da Air France em meio ao Oceano Atlântico, a Marinha brasileira não descarta a hipótese de encontrar sobreviventes do voo AF 447, que transportava 228 pessoas. “Até se esgotarem todas as condições, estaremos lá para resgatar sobreviventes”, disse o diretor do Centro de Comunicação da Marinha, contra-almirante Domingos Savio Nogueira.

Segundo Nogueira, as temperaturas da água na região onde estão concentradas as buscas têm variado entre 28 e 30 graus, afastando a hipótese de mortes por hipotermia. “Essas temperaturas permitem a permanência na água por um tempo indeterminado, de forma que a sobrevivência dependeria unicamente da resistência de cada pessoa.”

Hoje (2), mais dois navios da Marinha foram deslocados para os locais das buscas. Além de uma fragata, um navio tanque com capacidade para cerca de 4 milhões de toneladas de óleo vão se somar às outras três embarcações que partiram ontem (1º). De acordo com o contra-almirante, o navio tanque Gastão Mota vai permitir que os navios permaneçam em alto-mar por tempo indeterminado.

“Não se sabe ainda quanto tempo esses navios precisarão permanecer numa distância tão longa. E uma hora eles vão precisar ser reabastecidos”, disse Nogueira.

Diferentemente do que a própria Marinha havia anunciado, o primeiro navio militar só deve chegar ao seu destino por volta das 18 horas de amanhã (3). “A previsão era que o navio patrulha Grajaú chegaria às 11 horas, mas ele está enfrentando condições que atrasam seu avanço, com ondas de proa”, explicou o contra-almirante.

O Grajaú deixou Natal (RN) ontem (1º) de manhã, mas, em condições desfavoráveis, avança a uma velocidade máxima de 24 quilômetros por hora. Já a corveta Caboclo, que zarpou ontem de manhã, de Maceió, deve chegar ao ponto indicado por volta de meio-dia de quinta-feira (4). A fragata Constituição, que saiu ontem de Salvador, só deve chegar na manhã de sexta-feira (5).

“Ainda não chegamos lá porque estamos vencendo distâncias. A velocidade no mar é relativamente baixa se comparadas às de aviões”, justificou o contra-almirante.

Além das embarcações militares, a Marinha pediu o auxílio de três navios mercantes que passavam pela região onde foi registrado o último contato feito pelos pilotos do avião. “Até o momento eles não reportaram ter avistado qualquer coisa”, disse Nogueira, referindo-se aos dois navios holandeses e um francês.

Edição: Lílian Beraldo

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