Depois de encerrar 2003 como campeão da Corrida de São Silvestre, o fundista brasiliense Marilson Gomes dos Santos entra na fase final de preparação para tentar o índice olímpico da maratona. Neste domingo (29), ele cumpre mais uma etapa do treinamento para a Maratona de Paris, em abril, ao participar da World's Best 10 km, em San Juan, capital de Porto Rico.

"Estou legal, treinando bem e tudo indica que eu possa voltar de lá com um grande resultado", afirmou o fundista, de 26 anos, medalha de prata nos 10 mil metros e de bronze nos 5 mil no Pan-Americano de Santo Domingo. "É uma distância diferente da que pretendo conseguir o índice olímpico, mas é uma prova importante nessa minha fase de preparação", completou Marilson (Mizuno), que viajou para Porto Rico na quinta-feira.

Considerado a mais nova estrela do atletismo brasileiro após fazer de 2003 o melhor ano da carreira, Marilson nunca disputou a World's Best 10 km. Com a ajuda do técnico Adauto Domingues, ele conseguiu algumas informações sobre a prova. "Sei que a corrida tem um percurso muito rápido e que os principais atletas do mundo estarão competindo. Geralmente, seis ou oito quenianos figuram entre os dez primeiros colocados", contou.

Para competir na Olimpíada de Atenas, Marilson precisa completar os 42,2 quilômetros da Maratona de Paris abaixo de 2h15, índice exigido pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), e também abaixo do tempo dos demais brasileiros, uma vez que o país tem direito a apenas três vagas na prova. Especialista nos 10 mil metros, o fundista disse que vai chegar à França preparado para brigar pela vaga, apesar do pouco tempo de preparação.

"Todo o meu treinamento está voltado para esse índice. Sei que terei uma única chance de obter a marca, em Paris, mas outros competidores também terão apenas uma oportunidade. É preciso ter muita sorte no dia também, até porque são provas diferentes, em países diferentes, para o mesmo índice", disse.

A largada da World's Best 10 km acontece às 18h30 (horário de Brasília). Além de Marilson, outras atrações confirmadas são os quenianos Robert Cheruiyot e Benson Cheromo, respectivamente quarto e nono colocados na última São Silvestre. A prova oferece premiação de US$ 100 mil (cerca de R$ 300 mil), sendo US$ 20 mil (R$ 60 mil) para os campeões da elite masculina e feminina.