O publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, sócio das agências de publicidade SMP&B Comunicações e DNA Propaganda - denunciado pelo deputado Roberto Jefferson de participar de um suposto esquema de pagamento de mesada a parlamentares em troca de votos favoráveis ao governo federal - obteve habeas corpus preventivo do Supremo Tribunal Federal (STF) para não ser preso durante depoimento que deverá prestar nesta quarta-feira (6) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga denúncia de corrupção na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (CPI dos Correios).

A ministra do STF Ellen Gracie foi quem concedeu o instrumento legal que garante a Marcos Valério o direito de não ser preso caso se recuse a prestar informações no depoimento marcado para às 9h. No pedido ao STF, o empresário também pede o direito de ser tratado como "investigado" pela CPI, o que significa que ele ficará dispensado de assinar o termo de compromisso legal de testemunha. Ele também poderá ser assistido pelos seus advogados.

Na reunião desta quarta-feira (6) da CPI também está previsto o depoimento da ex-secretária de Marcos Valério, Fernanda Karina Ramos Somaggio, que revelou que funcionários das agências do empresário sacavam altas somas de dinheiro do Banco Rural dias antes das viagens que Valério fazia para Brasília. Ela acusou Valério de usar suas empresas para desviar recursos públicos e de desviar parte deste dinheiro para o PT.