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Marcelo Sereno depõe na CPI e irrita senadores

Agência Senado - 24 de agosto de 2005 - 08:16

O ex-assessor especial da Casa Civil da Presidência da República e ex-secretário nacional de Comunicação do PT, Marcelo Sereno, negou em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos, nesta terça-feira (23), a existência de qualquer "caixa dois" na Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj), com o objetivo de viabilizar campanhas eleitorais em 2002, incluindo a de Benedita da Silva ao governo do Rio de Janeiro.

Ele disse também que "jamais" manteve contato com Waldomiro Diniz durante a última campanha eleitoral, ao mesmo tempo em que negou que Waldomiro fosse uma espécie de elo entre as campanhas à Presidência da República de Luiz Inácio Lula da Silva e de Anthony Garotinho, com vistas a um possível apoio deste último a Lula, em um eventual segundo turno.

Marcelo Sereno também negou que tenha ajudado a canalizar recursos para a campanha de Garotinho em troca desse virtual apoio político, bem como para outras candidaturas. Em depoimento na CPI dos Correios, Luiz Eduardo Soares, candidato a vice na chapa de Benedita da Silva, garantiu que Sereno era um dos principais arrecadadores de recursos para campanhas eleitorais, inclusive em nível nacional. Sereno disse tratar-se de uma mentira.

"Nunca", "não" e "jamais" foram as palavras mais usadas por Marcelo Sereno ao longo do depoimento, o que irritou os senadores. Protegido por um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que garantiu a ele o direito de ficar calado diante de perguntas que poderiam comprometê-lo em futuras ações judiciais, evitando inclusive uma possível prisão, Marcelo Sereno negou também que tenha sido tesoureiro da campanha de Benedita da Silva ao governo do estado do Rio de Janeiro. Ele informou que, no período, era apenas secretário-executivo do gabinete de Benedita, "e que não tinha tempo para tomar conhecimento de campanhas e muito menos de recursos destinados a campanhas".

Marcelo Sereno - que já teve seus sigilos bancário, fiscal e telefônico quebrados pela CPI - disse ainda que nunca ouviu falar no nome de Rogério Buratti. E encara os últimos acontecimentos como um momento de "grande denuncismo".



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