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Marcado interrogatório de acusados de matar bancária

TJGO - 12 de julho de 2007 - 05:32

O juiz Sílvio José Rabuske, da 1ª Vara Criminal de Aparecida de Goiânia/GO, designou para a próxima terça-feira (17), às 8h30, o interrogatório dos quatro acusados da morte da bancária Michellyne Rocha Araújo Fernandes, ocorrida em 13 de junho, no Jardim dos Ipês. São eles: o ex-marido dela, o gestor esportivo Arlindo dos Santos Fernandes - apontado como mandante do crime - Antônio José Pereira de Souza, que atuou como agenciador dos dois executores, Erasmo Nascimento de Souza e Alessandro Wesley Rodrigues dos Santos. Dos quatro, apenas Antônio está foragido.

Arlindo foi denunciado por homicídio duplamente qualificado (ou seja, com circunstâncias que podem aumentar a pena), uma vez que encomendou o assassinato mediante pagamento e o fez por motivo torpe, pois estava inconformado com o fato de a vítima ter se separado dele. Antônio também foi denunciado por homicídio com duas qualificadoras - crime praticado mediante pagamento e com uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima (emboscada) - enquanto os dois executores responderão por homicídio com três qualificadoras: crime praticado mediante pagamento, emboscada e uso de meio cruel (asfixia). Além disso, Erasmo e Alessandro foram denunciados por destruição de cadáver, sendo que Erasmo confessou ter estuprado a vítima antes de matá-la enquanto Alessandro furtou um relógio e o aparelho celular da bancária.

De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP), Michellyne foi casada com Arlindo por quatro anos e se separou dele no ano passado, em razão do comportamento violento e possessivo do marido. Diante da resistência dele em aceitar o divórcio, a bancária partiu para uma ação de separação litigiosa, enquanto Arlindo insistia em reatar a relação. Constatando que não teria êxito, o gestor esportivo decidiu, então, matá-la.

Depois de uma primeira tentativa frustrada, contratou Antônio para localizar dois executores. Após concordarem em assassinar a bancária, Erasmo e Alessandro foram informados do local onde ela morava e de seus hábitos. Passaram a monitorar Michellyne e, no dia do crime, a abordaram no momento em que a vítima estacionava o carro na garagem da casa dos pais. Sem esboçar reação, a vítima foi levada até um local isolado no Jardim dos Ipês, onde Erasmo a estuprou, enquanto Alessandro tomava as providências para atear fogo ao veículo.

Ainda segundo a promotoria, os dois denunciados se revezaram no enforcamento da vítima e quando as chamas começaram a se alastrar, a dupla fugiu do local, tendo o corpo da bancária sido encontrado, carbonizado, no dia seguinte. A identificação dos acusados do crime foi facilitada pelo fato de que, no dia em que a vítima foi levada, dois policiais militares notaram Erasmo e Alessandro próximos à casa dela e os abordaram, por considerar que estavam em atitude suspeita. Antes de liberá_los, os PMs anotaram seus dados, incluindo os endereços. (Patrícia Papini)

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