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Mantega defende novo imposto para financiar a saúde

Vinicius Konchinski /ABr - 27 de maio de 2008 - 08:09

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu hoje (26) a criação de um novo tributo para custear um possível aumento no orçamento da saúde, caso a regulamentação da Emenda 29 seja mesmo aprovada pelo Congresso. Ele afirmou ser favorável à destinação de mais recursos para a área, mas disse que os parlamentares, responsáveis pela regulamentação da emenda e também pela extinção da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF), terão de achar uma solução para o assunto.

“Me parece uma temeridade a criação de mais uma despesa sem a criação de uma nova fonte de recursos, principalmente quando existe uma preocupação tão grande com o controle das contas públicas”, afirmou o ministro.

De acordo com Mantega, o orçamento da saúde para 2008 é de R$ 45 bilhões. Caso a Emenda 29 seja regulamentada sem modificações, esse valor saltaria para R$ 68 bilhões até o ano de 2010 - R$ 23 bilhões a mais em quatro anos.

O ministro participou hoje de um evento organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para que fossem apresentadas a empresários indicadores da economia nacional e a proposta de criação do chamado Fundo Soberano.

Durante o evento, o presidente da entidade, Paulo Skaf, afirmou que é inaceitável a criação de um novo imposto no Brasil, cuja carga tributária é uma das mais altas do mundo e a arrecadação só cresce.

“Se tivermos que aumentar R$ 5 bilhões, R$ 6 bilhões ou R$ 7 bilhões no orçamento da saúde por ano, que isso saia do orçamento”, disse. “O governo federal arrecada R$ 600 bilhões por ano e tem que trabalhar com esse valor.”


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