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Manoel Afonso - Vereança : em quem votar?

Manoel Afonso - 29 de setembro de 2008 - 15:52

VEREANÇA: EM QUEM VOTAR?



Pergunte ao seu vizinho se já escolheu o candidato a vereador. É bem possível que responderá negativamente. Pois é! A porta da política tem códigos “indecifráveis” de leitura para permitir ou negar o acesso dos pretendentes a esse criticado e tão desejado espaço do poder. Com a mesma eficiência que ascende a luz vermelha para alguns tidos como preparados, franquia a entrada de outros - portadores de menos atributos dos que foram reprovados.
No fundo, a opinião pública gostaria que os vereadores fossem os melhores, aqueles que mais se destacassem nas suas respectivas atividades junto à comunidade: um grande economista, tributarista, o reconhecido médico, educador, engenheiro, sociólogo e por aí afora.
Mas o eleitor sabe que não é por aí, que nem sempre esses personagens têm na política seu maior sonho de realização pessoal. Muito não tem jeito para a “coisa”; têm ojeriza pela política “graças” ao sistema corrupto e viciado ou ainda entendem que podem contribuir com o bem estar público mesmo sem exercer qualquer cargo eletivo.
De toda essa equação acima, nas grandes, médias e pequenas cidades, o resultado – proporcionalmente – é parecidíssimo: o quadro dos pretendentes ao legislativo dificilmente representa os desejos da “faixa pensante”, que separa o fenômeno popularidade do quesito capacidade e assim por diante. Em conseqüência, os partidos são obrigados a lançar os nomes dos quais dispõem, objetivando é claro, conquistar o maior número possível de cadeiras legislativas. É assim que funciona na pratica.
Se os chamados os candidatos intelectuais são tidos como chatos, com dificuldade na interação com as camadas mais baixas da população, os postulantes que falam a mesma língua do eleitor levam vantagem. No subconsciente do eleitor, quem manda mesmo na cidade é o prefeito (no que não está totalmente errado) e que a função da vereança é quase meramente formal, sem grande expressão.
Para o eleitor vigora a tese: “todos são iguais, mas esse é meu amigo – (ou mais simpático e bonzinho)”... e por aí afora. Quem ganha com isso é o candidato que mais se identifica com o eleitor descompromissado, que pelas pesquisas, faltando poucos dias para a eleição – ainda não escolheu seu candidato a vereador.
O eleitor não pode, entretanto, deixar de levar em conta algumas hipóteses na escolha do seu candidato. Não se trata apenas de eleger alguém para a Câmara Municipal, mero figurante ou não. Ele também poderá estar viabilizando o ingresso no poder de um cidadão desqualificado e com pretensões e chances no futuro de tentar a prefeitura e até o Congresso Nacional. Votando bem você estará cortando o mal pela raiz. Hoje “mensalinho” – amanh㠓mensalão”.


Manoel Afonso
(comentarista da TV.Record-MS)
[email protected]


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