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Manoel Afonso - Patriarca 25 anos: o que dizer?
Sexta feira aqui na capital é complicado! Compromissos mil e o trânsito ainda mais difícil que o habitual. Só agora garimpei um tempo para falar dos 25 anos da Rádio Patriarca. Acho que sou suspeitíssimo, por razões diversas.
Confesso que após ler as mensagens do Paulo Afonso (de Brasília) e do José Donizethi de Freitas abriu-se uma clareira sobre a data. É exatamente sobre a importância da Patriarca na comunidade regional! Os dois citados amigos-ouvintes foram felizes na abordagem e eu aproveito a carona para uma análise um pouco mais abrangente ou profunda.
Um dia o Girotto disse-me: em Campo Grande existem muitas pessoas bem mais ricas que você, mas só você tem a oportunidade de falar e dar opinião na televisão; entra nos lares sem pedir licença. Você é um privilegiado por ser conhecido e respeitado em suas opiniões e abordagens. Quantos e quantos não gostariam de estar no seu lugar!
Por analogia, diria a mesma coisa com relação ao Girotto em Cassilândia. Não ficou rico como outros amigos da comunidade em atividades diversas mas foi escolhido para ser aquele que sem mandato algum exerce um papel importantíssimo aos olhos e ouvidos da opinião pública. Claro que não há almoço de graça e ele paga um preço até alto. Afinal, a verdade é boa quando ela não atinge a gente. Quando nos sentimos de alguma forma atingidos, entendemos que aquela verdade não passa de perseguição ou falsidade. É a defesa normal dos humanos.
Como sócio e amigo posso dizer: o Girotto poderia estar exercendo a advocacia, mas preferiu ser radialista, ganhando muito pouco diante dos desafios e responsabilidade. Todos sabem que a cidade empobreceu e que isso reflete no comércio e por extensão no faturamento de quem depende dele. Tenho acompanhado essa luta do Girotto e seus cabelos brancos não são obras do acaso.
Eu apenas dei o pontapé inicial e o Girotto é que é o grande responsável pela sobrevivência e sucesso da Patriarca. De longe, posso falar melhor: todos nós vamos passar, inclusive autoridades e o povo em geral, mas a Patriarca continuará existindo com os ideais do Girotto através dos eventuais sucessores. Por isso acho que a Patriarca é mais forte que as crises passageiras. O mandato da Patriarca não é julgado de 4 em 4 anos, mas sim todos os dias! O mandato dela já dura portanto 25 anos. Enquanto muitos já foram para casa, com o fim de seus mandatos, a Patriarca sobrevive dignamente.
No final, um abraço aos funcionários e ex-funcionários que deram muito e ganharam também na mesma proporção através do aprendizado de conduta e postura com o mestre Girotto. Aliás, as mensagens neste sentido, de ex-companheiros, não deixam dúvida. É o que penso e digo!
Manoel Afonso