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Manoel Afonso: O eleitor é mais prático que o candidato

Manoel Afonso - 16 de outubro de 2007 - 07:01

Quem não conheceu aquele candidato – tipo professor – que sonhou em ensinar educação moral e cívica ao eleitorado? Eu pelo menos conheci um em São José do Rio Preto: o professor Daud! Mas outros também existiram por esse Brasil afora, tentando a mesma utopia pregada na sala de aula. Não se pode confundir esse país com outros bem mais sérios e com sólida formação patriótica.
Todos esses sonhadores que recorreram a essa prática ingênua se deram mal, foram incompreendidos pela massa eleitoral por uma série de fatores e encerraram a carreira política precocemente. Eleitor não quer discutir certos assuntos que ele acha simplesmente chatos e que não vão resolver seus problemas pessoais da forma mais imediata possível. Neste rol estão os valores da soberania nacional, patriotismo, regras de condutas, espírito de doação, solidariedade e a divisão dos três poderes, por exemplo.
Se antigamente o público não aceitava esse tipo de discussão em palanques ou como simples metas do programa do candidato, imaginem agora com o mundo globalizado economicamente! Os tempos mudaram e até se questiona a obrigatoriedade do voto no Brasil.
Não é por acaso que proliferam por aí os chamados cursos para iniciantes na política. Neles, não há discussões profundas sobre temas nacionais que exigem cultura relativa ou sobre sociologia e economia. Os ensinamentos estão mais voltados para a imagem do pretenso candidato, seu discurso, suas relações e as técnicas de abordagem de determinados temas atuais. É muito mais um curso de marketing pessoal para tentar desembocar num grupo de lideranças. É como esses cursos promovidos pelo Sebrae, com o objetivo de passar informações na área comercial e industrial.
A praticidade do eleitor é muito maior do que o candidato imagina! Na maioria das vezes, faz a leitura antecipada do discurso do candidato e já o descarta sem a menor cerimônia. Nada de questionamentos filosóficos! A mensagem do candidato deve conter dois ingredientes indispensáveis: ser a mais pratica possível e agradável aos interesses do eleitor, que quer ver seus problemas resolvidos.
Portanto, se você está sonhando em estrear nas urnas, pense bem! Ainda há tempo de desistir!


Manoel Afonso

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