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Manoel Afonso - Final de mandato. E agora?

Manoel Afonso - 10 de março de 2008 - 11:19

“O poder é efêmero”, diz o velho ditado. É “vapt-vupt” - como criar os filhos; quando menos se espera eles estão crescidos e indo embora. Quantos e quantos prefeitos iniciaram o terceiro mês do último ano de mandato e já sentem que não realizaram ou não vão conseguir concretizar tudo aquilo que planejaram. Faltou tempo!
Qualquer prefeitura, por mais organizada ou menor que seja o município, requer concentração máxima de atenção do administrador. Independentemente da capacidade da equipe dos auxiliares diretos e secretários, o prefeito não consegue se desligar um minuto sequer dos problemas.
Prefeitura requer dedicação exclusiva. Não tem essa de conciliar com a medicina, advocacia ou qualquer outra atividade profissional. A regra básica é sempre uma só: Ganha-se de um lado e perde-se de outro. Conheço alguns que até tentaram e logo nos primeiros meses perceberam ser impossível. Até a privacidade da vida familiar vai para o “beleléu”.
O prefeito sabe que a cobrança é implacável por parte do munícipe, principalmente do eleitor adversário que não mede palavras e dá uma dimensão superlativa aos problemas corriqueiros da cidade. Como se diz: a mãe do prefeito é “lembrada” devido a um simples buraco na rua.
Mas o como tempo não espera, não se pode ignorar o futuro para muitos atuais prefeitos à partir de 2.009. Voltarão para seus afazeres particulares, deixarão de ser alvo de notícias e terão mais tempo para o aconchego familiar. Pode parecer fácil, mas para muitos é complicada essa perda abrupta de mando, de poder. Claro que as exceções existem.
Um ex-prefeito amigo meu, por exemplo – que reconhece ter sido gratificante a experiência – ironiza lembrando que o pior depois são as correspondências do Tribunal de Contas cobrando providências sobre atos meramente burocráticos. Diz ele: “quando a gente pensa que está tudo certo, vem mais uma carta”.
O texto serve não só para aqueles que estão em fim de mandato, mas também aos sonhadores de plantão, que planejam disputar eleições prefeituras deste ano. Boa sorte!

Manoel Afonso

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