Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Quinta, 28 de Março de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

Manoel Afonso escreve: Eleições 2.010-Cassilândia orfã?

Manoel Afonso - 17 de outubro de 2008 - 11:54

Apenas para refrescar a memória: em 1986 lideramos a campanha “Paranaíba nunca mais!” Mas o prefeito da época abraçou a candidatura de Akira e a cidade não elegeu seu representante. Caso de se perguntar: o que ligaria Cassilândia a Três Lagôas além da Viação São Luiz? Impressionante, após tantos anos voltamos à mesma encruzilhada
Com seu colégio eleitoral praticamente estagnado nestes últimos anos, a cidade já aparece no mapa político como alvo certo de partilha das lideranças de partidos diversos. É a velha tese sempre atual: quanto mais dividida a cidade – mais fragilizada e mais fácil de ser conquistada pelos candidatos pára-quedistas (oportunistas).
Aqui nos bastidores do poder, já começo a ouvir referências e notícias nada animadoras quanto ao papel de Cassilândia no contexto político da região nas próximas eleições. E não é preciso ser especialista no assunto para se concluir que a situação chega a ser pior que em 1986. Hoje, a cidade está espremida entre os interesses políticos de Paranaíba, Chapadão e pasmem, até de Costa Rica!
Lideranças de várias siglas partidárias destas cidades e da capital, certamente já contam também com o apoio antecipado, como cabos eleitorais, dos futuros vereadores abrigados em seus respectivos partidos. Aliás, não seria a primeira e nem a última vez, que os vereadores – defensores do município – em tese - simplesmente priorizam as vantagens pessoais em prejuízo aos interesses da comunidade. É o velho jogo amparado na Lei de Jerson.
Seria o caso de se contestar essa tese questionando: as entidades, as forças vivas de Cassilândia, ficarão de braços cruzados diante da iminência da continuidade desta orfandade representativa? A fragilidade da cidade está exposta à exemplo da diversidade dos interesses políticos. Uns por fidelidade ao seu partido, senador, senadora ou deputado; outros por mágoa, questões pessoais e por aí afora.
Ao bem intencionado futuro prefeito, além das ações que já desenvolve em busca de investimentos, seria de bom alvitre que não ignorasse essa realidade preocupante: o que é bom para as outras cidades vizinhas pode ser prejudicial para Cassilândia. É a lei da concorrência. O passado tem mostrado isso.

Manoel Afonso

SIGA-NOS NO Google News