Parece castigo: sempre aparece um problema de última hora para estragar nossos planos. Foi assim no Governo de Zeca na época de Fernando Henrique e depois com Lula no Planalto. Aliás, o desencanto maior foi na relação Zeca & Lula. Amigos de longa data e companheiros de pescaria, imaginava-se que “o homem de Murtinho” conseguisse arrancar gordas verbas, mas acabou dando no que deu (em nada).
Não poderia ter notícia pior que a crise imobiliária americana que acabou refletindo na Bolsa de Valores e no mercado de todo o mundo. Apesar dos arroubos de ufanismo ou de desconhecimento de Lula, a crise já bateu duro em nossa economia. A alta dos juros no mercado reflete imediatamente na queda do consumo e pode trazer de volta o fantasma do desemprego.
É neste quadro que se insere a economia do Mato Grosso do Sul e suas perspectivas de crescimento nos próximos anos. Paralelamente a isso, não se pode esquecer a necessidade dos investimentos imprescindíveis do Governo Federal para fortalecer nossa base econômica, notadamente no agro-negócio. É aí que entra a figura carismática e prestigiada do senador Delcídio, hoje comandando a comissão de Orçamento da União.
Ainda no último domingo, no aeroporto de Cumbica, falei com Delcídio sobre sua missão e responsabilidade em reservar dinheiro da União para nosso Estado. Confesso que fiquei animado com sua disposição e argumentos que apontam para um 2.009 positivo em termos de investimentos federais aqui.
Pelo quadro mundial preocupante, pela nossa economia nacional e, sobretudo pela queda já anunciada da arrecadação estadual, não há dúvida de que o papel do senador, ao definir nossa parte no Orçamento da União será crucial. Matar ou morrer!
Parafraseando o hino da Inglaterra: “Deus salve o senador!”



Manoel Afonso
Comentarista da TV.Record-MS
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