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Manoel Afonso: "Bolsa geladeira" - Fria para a oposição

Manoel Afonso - 14 de abril de 2008 - 09:05

Imagine! Toda vez que as 10 milhões de donas de casa abrir a geladeira nova vão se lembrar de Lula. Se esse eletrodoméstico é ótimo para conservar alimentos, porque não ajudaria a conservar a gratidão delas na hora do voto?
Lula acerta no alvo beneficiando a camada da população de menor poder aquisitivo e com um argumento bem atual: as novas geladeiras são 40% mais econômicas que os modelos antigos. Em tempos de risco energético a tese é valida. E tem outro ponto interessante: as geladeiras estarão livres dos impostos federais e a Caixa Econômica terá uma linha de crédito especial, com juros atraentes.
A oposição reclama alegando que não passa de mais um novo meio de aliciar o eleitor, pois o programa “coincidentemente” será lançado um mês antes das eleições deste ano. Se o impacto com as obras do Projeto de Aceleramento já é sentido eleitoralmente, imaginem então com a chance de ter uma geladeira nova a preço de banana?
Não é preciso ser inteligente demais para se perguntar: 10 milhões de geladeiras poderão proporcionar quantos milhões de votos em benefício de Lula ou de seus companheiros? Todo mundo sabe que a mulher, principalmente nas famílias de menor poder aquisitivo, é uma espécie de gerente da casa. É ela que apaga as lâmpadas, fecha a torneira, grita com a demora do banho das crianças, evita desperdício de comida, fica de olho no botijão de gás e assim por diante.

A oposição precisa ser inteligente para criticar o Bolsa Geladeira, sob risco de passar por antipática, insensível e inimiga dos pobres. Lula está bem orientado e transcendeu os radicais do PT. Joga certo e aproveita a incompetência e a desunião de seus opositores. Como se diz: os pobres vão tomar uma “geladinha” por conta do Lula.

Manoel Afonso

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