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Manoel Afonso analisa o futuro de Marquinhos Trad
Nas últimas eleições o deputado Marcos Trad obteve em Campo Grande 35.007 votos, ou seja, 8,20% dos votos válidos, o dobro de Rinaldo, o segundo colocado. Por razões óbvias, em qualquer projeção para a sucessão da capital seu nome surge como forte concorrente.
Mas se sua situação eleitoral pode ser considerada excepcional, embora o pleito ocorra somente em 2016, o parlamentar continua com problemas dentro de seu partido, o PMDB. As suas posições no parlamento estadual tem batido de frente com a liderança do governador André, que não tem escondido essas divergências junto a mídia.
O deputado confirma que está procurando outra alternativa para viabilizar seu nome como candidato a prefeito, temendo é claro que a cúpula do PMDB vete seu nome na convenção. Fala-se por aí na possibilidade dele ingressar no futuro partido REDE , de Marina Silva, mas já se sabe que não seria tão fácil assim.
Primeiro, porque haveria compromisso anterior da REDE junto a outras lideranças locais; segundo, devido a exigência de identidade ideológica para ingresso e militância para se evitar que a sigla se torne de aluguel como tantas outras por aí. Esperar o resultado de outras fusões partidárias seria outra saída, mas muito arriscada.
Mas não é apenas o deputado que está preocupado. Dentro do PMDB existem aqueles que defendem uma reavaliação da necessidade de fechar questão em torno do deputado, pois o partido vem de duas derrotas emblemáticas: para a prefeitura e governo estadual. Além do mais, o partido não conta hoje com um nome de peso e sem desgaste para tentar suceder Olarte.
Observadores de plantão opinam: está na hora dos cardeais do PMDB local criarem juízo, deixando picuinhas de lado para recuperar a prefeitura, sob pena de continuar perdendo espaço político.
O desafio maior seria convencer André a baixar a guarda e fazer as pazes com Marquinhos.
Seria tão difícil assim?