Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Quinta, 18 de Abril de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

Mais exercício físico, mais saúde e mais orientação

Gazeta Esportiva - 07 de setembro de 2017 - 11:00

O sedentarismo, associado à ingestão calórica excessiva, tem favorecido ao longo dos anos o aumento da obesidade ao redor do mundo. No Brasil, de acordo com a pesquisa Vigitel de 2012, 51% da população com mais de 18 anos de idade está acima do peso ideal. Entre as crianças, o excesso de peso passou de 9,7%, em 1974, para 33,5%, em 2009.

Ao mesmo tempo em que se observa o aumento da obesidade, também percebe-se a diminuição das aulas de educação física nas escolas. Um contrassenso total, já que cerca de um terço dos adultos obesos foram crianças obesas. Se anos atrás, as escolas davam três aulas semanais de educação física, atualmente, dão apenas uma, sendo que algumas escolas priorizam apenas a teoria, sem aliá-la à prática.

A prática regular de exercícios físicos é um dos principais agentes não farmacológicos para a prevenção e tratamento não só da obesidade como também de doenças como o diabetes tipo 2, a doença arterial coronariana e a hipertensão arterial, entre outras. O aumento desses males representa cerca de 60% dos gastos públicos mundiais com o setor da saúde, despesa que poderia ser muito menor caso houvesse interesse do poder público em desenvolver projetos contínuos e de qualidade de promoção à saúde por meio dos exercícios.

Infelizmente, ainda é pouca a parcela da população que adota uma vida ativa. Dados de 2014 da entidade internacional IHRSA revelaram que, no Brasil, apenas 4% dos brasileiros maiores de 18 anos frequentam academias e 34% realizam atividades físicas nas ruas, parques ou em casa – com ou sem orientação profissional. Os demais 62% são sedentários.

O incentivo do setor público à prática de exercícios físicos no país também é baixo. Embora existam alguns poucos projetos de estímulo como ciclovias, parques e praças com estruturas semelhantes a de academias ao ar livre, ainda faltam profissionais de Educação Física qualificados e devidamente registrados para orientar e acompanhar a população.

Por isso, quem quer ter uma vida ativa e contar com essa ajuda, é preciso atenção. Evite os pseudoprofissionais, exija a carteira de registro profissional e busque sempre quem realmente se interessa em passar conhecimento. Isso lhe garantirá mais motivação para os exercícios e, claro, muito mais saúde!

Adilson Reis Filho - Graduado em Educação Física; pós-graduado em Fisiologia do Exercício, em Reabilitação Cardíaca e Grupos Especiais, e em Envelhecimento e Saúde; e mestre em Biociências. 

SIGA-NOS NO Google News