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Geral

Mais dois deputados deixam o PT rumo ao P-SOL

27 de setembro de 2005 - 13:56

Os deputados Chico Alencar (RJ) e Maninha (DF) anunciaram hoje, no salão Verde da Câmara, suas desfiliações do Partido dos Trabalhadores. Eles irão para o P-SOL. Os petistas Ivan Valente (CE), Orlando Fantazzini (RS) e João Alfredo (CE) também já deixaram o PT. Depois que as desfiliações forem formalizadas na Mesa da Câmara, o PT deixará oficialmente de ter a maior bancada, que passará a ser do PMDB.

A deputada Maninha comparou sua saída do PT ao fim de um casamento. "Continuamos apaixonados, mas as brigas são tão freqüentes que impedem o casamento de prosseguir". Ela lembrou que suas divergências com orientações do partido já são antigas. Maninha assinalou que sua filiação ao Psol tem o objetivo de consolidar uma alternativa política para a esquerda. Ela acredita que o PT esgotou todas as possibilidades de mudança em razão da eleição interna, cujos resultados do primeiro turno já apontam para uma vitória da corrente Campo Majoritário, que comanda o partido atualmente. Ela não quis adiantar seu voto na eleição da Câmara e disse que vai aguardar a decisão do P-SOL.

O deputado Chico Alencar explicou que muda de partido para manter seus princípios. "É muito duro deixar a casa onde nasci. Saio do PT para continuar petista", afirmou o parlamentar, referindo-se aos princípios do petismo histórico, que, em sua opinião, tem sido esquecido pela atual direção do partido.

"Entendemos que o P-SOL não deve ceder à tentação fácil do "contrismo", de crescer por oposição e contraponto ao PT, de onde vieram seus principais quadros e sua entusiasmada militância. O partido, em fase de constituição, deve buscar filiações de quem, com generosidade, acredite sobretudo na organização popular e na elevação do nível de consciência política de nossa gente, hoje tão desiludida", disse.

Eleições no PT
Orlando Fantazzini, que anunciou sua saída ontem, explicou que a maioria conquistada pelo Campo Majoritário no Diretório Nacional inviabiliza a permanência no partido da ala esquerda, mesmo que todas as correntes de esquerda se unam para eleger um candidato de oposição para a presidência do PT, no segundo turno. "A eleição interna do partido era a última trincheira para fazer o esforço de convencimento de mudança nos rumos do Governo Lula. Nós perdemos essa batalha, mas uma batalha não significa uma derrota. A guerra contra o imperialismo do capital não vai ser mais no PT, vai continuar no P-SOL".

Reuters

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