Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Quinta, 28 de Março de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

Mais de 4 mil refugiados moram no Brasil

Gilberto Costa , Agência Brasil - 21 de junho de 2009 - 06:14

Brasília - O Brasil tem 4.131 refugiados de 72 países, segundo dados do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare). Sessenta e sete por cento são africanos, especialmente angolanos, que formam 42,1% da população de refugiados.

Os laços históricos e a identidade cultural entre Brasil e Angola, especialmente a língua portuguesa, foram a causa principal de os refugiados cruzarem o Atlântico e se fixarem no Brasil durante a guerra civil que durou mais de um quarto de século. O número de refugiados angolanos está estacionado. Desde a pacificação do país, no início da década, não há movimento significativo de repatriação.

“Os angolanos que estão no Brasil conseguiram se integrar no país, constituíram família, casaram com brasileiros, têm filhos, atividade econômica e optaram, de vontade própria, por permanecer”, conta Luiz Fernando Godinho, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur)

O número de refugiados que mais cresce no Brasil é o de origem colombiana. Em 1º de junho, eles eram 551 (13,4%). Além dos grupos de angolanos e colombianos, o Conare destaca a presença de 356 pessoas da República Democrática do Congo, 259 da Libéria e 188 do Iraque.

A atração pelo Brasil se dá em razão da diversidade da formação cultural e da hospitalidade. “Os refugiados são unânimes em dizer que o brasileiro acolhe bem o imigrante. O Brasil convive bem com diversas culturas diferentes da nossa”, assinala Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto, secretário executivo do Ministério da Justiça, que preside o Conare. “Se esse refugiado vêm de um grupo social diferente, ele se integra muito facilmente”, acredita

“País mais aberto e multicultural facilita a integração”, concorda Luiz Fernando Godinho, que atribui à sociabilidade e à cultura tanta importância quanto o dinamismo da economia. De acordo com Ubaldo Steri, diretor da Cáritas Arquidiocesana de São Paulo (ligada à Igreja Católica), o Brasil é considerado um país “quase exemplar” no tratamento aos refugiados e tem uma legislação progressista. “O país não tem atitude de hostilidade”, acrescenta.




Segundo Steri, desde a década de 1950 (após 2ª Guerra Mundial), o país recebe refugiados. A exceção ocorreu durante os 21 anos de regime militar (1964-1985), de “violência generalizada” no continente sul-americano, quando o Brasil se fechou inclusive para refugiados Argentinos, Uruguaios, Chilenos e Paraguaios.




Conforme legislação brasileira, são acolhidos no Brasil como refugiados os estrangeiros que solicitar a migração o reconhecimento do refúgio devido a perda da nacionalidade, violações de direitos humanos, e perseguições por motivos políticos, religiosos, étnicos e sociais. Pessoas consideradas perigosas não podem obter refúgio no Brasil.


SIGA-NOS NO Google News