O senador Delcídio Amaral (PT) negou hoje que tenha recebido “presente de Natal” da empreiteira Gautama, como informa o jornal Folha de S. Paulo. A empresa é pivô da Operação Navalha, que investiga a máfia das obras públicas.

O jornal diz que a lista, apreendida na sede da empresa, cabeça do esquema que fraudava licitações e corrompia políticos e servidores, tem ainda o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), do corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), os senadores ACM (DEM-BA), Joaquim Roriz (PMDB-DF) e o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA).

A informação do jornal, segundo o senador do PT de Mato Grosso do Sul, é “um absurdo, uma informação completamente descabida e fora da realidade. Não recebi nenhum presente ou favor da Gautama que, é bom frisar, jamais fez qualquer doação para as minhas campanhas eleitorais, nem foi beneficiada com obras relacionadas às emendas apresentadas por mim ao Orçamento da União”, garante o parlamentar.

A primeira notícia envolvendo o senador com a Gautama foi sobre uma viagem num jatinho que teria sido pago pela empreiteira. Delcídio informou que na quarta-feira emitiu chefe pré-datado, número 050202 no valor de R$ 24 mil, para pagar o aluguel do avião. O cheque, segundo o senador, será descontado no dia 5 de junho. “Para mim esse assunto está encerrado”.