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Mãe tenta suicídio e matar os filhos com antidepressivo

Renato Lima/Campo Grande News - 20 de setembro de 2008 - 12:07

Provável crise de depressão levou uma mãe a tentar matar os dois filhos, em Campo Grande. Ela tomou uma grande quantidade do medicamento Clonazepam, tentando o suicídio, e também deu o remédio aos dois filhos, de 5 e 8 anos.

Os três deram entrada no Civitox (Centro de Vigilância Toxicológica) ontem, em grave estado de intoxicação. Segundo o chefe de plantão, Cléo Gomes, não se sabe a quantia exata que a mãe deu os filhos, mas “eles apresentavam baixo nível de consciência, porque a droga age direto no sistema nervoso central”, explica.

O caso chegou até a DPCA (Delegacia de Proteção à criança e ao Adolescente) e ao Conselho Tutelar Sul, que deve ouvir o pai das crianças na segunda-feira de manhã.

“Ficamos sabendo do caso pelo próprio hospital. A mãe não morava com o pai das crianças e sofria de depressão. Como foi caracterizada tentativa de homicídio, ela irá perder o poder familiar sobre as crianças. Se o pai tiver condições de ficar com os filhos, eles serão encaminhados. Caso isso não ocorra, as crianças irão para um abrigo, até encontrarmos algum parente em condições”, detalhou a conselheira, Tais Elenir.

Eles estão internados no setor de emergência do Hospital Regional Rosa Pedrossiam, em observação. Ainda não há previsão de alta para as crianças, nem para a mãe. Depois que deixarem o HR, os menores serão encaminhados, pelo Conselho Tutelar, para a rede de atendimento pós-trauma, que atende crianças vítimas de violência psicológica.

Clonazepam - Comercializado como Rivotril, o medicamento é usado para tratamento de convulsão, sedativo, relaxamento muscular e tranqüilizante. Um miligrama de Clonazepam é equivalente a aproximadamente 20 miligramas de Diazepan. Em caso de superdosagem, pode levar à morte.

O medicamento é de uso controlado e vendido somente com prescrição médica. Serve ao tratamento de síndrome do pânico, distúrbio bipolar, depressão e convulsão. O caso serve de alerta, sobre a necessidade de acompanhamento mais próximo de parentes, que tenham alguém com depressão na família.

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