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Mãe da diplomata morta viaja para a Tailândia

Cristiane Ribeiro/ABr - 28 de dezembro de 2004 - 15:08

A esperança de encontrar a filha e o neto vivos se transformou em dor para Tereza Amayo, às 6h30 de hoje, quando um telefonema da embaixada do Brasil em Bancoc, capital da Tailândia, confirmou a morte e a identificação dos corpos de Lys Amayo de Benedek e de seu filho Gianluca, de 10 anos, durante o maremoto que atingiu nove países asiáticos no último fim de semana.

Sem conter as lágrimas, Tereza disse que já falou por telefone com a outra neta, Thais, de 20 anos, que preferiu ficar no hotel a ir ao passeio com os pais, o irmão e um casal de amigos na praia de Phi Phi, onde o grupo passava as festas de fim de ano. A jovem informou que ainda não encontrou o pai, o empresário italiano Antônio D’Avola, que estaria internado em um hospital do balneário. Ela disse que como as centenas de pessoas feridas e vestindo shorts ou maiôs, ele estaria sem documento de identidade.

Thais, que já está em Bancoc, teria pedido à avó que não fosse até lá para não ver o cenário de destruição e de calamidade, mas a mãe de Lys embarca hoje à noite, em vôo com escala em Frankfurt, na Alemanha. Tereza Amayo pretende trazer os corpos para o Brasil, mas disse que vai respeitar a vontade da neta e do genro. "Eu sou apenas a mãe. Eu não quero chegar lá e impor minha vontade. Eu quero ajudar. Eu gostaria que fosse no Brasil, aqui no Rio, que era a casa oficial dela, o seu ninho, como ela dizia".

A diplomata carioca Lys Amayo morava com o marido e os filhos em Bancoc, onde trabalhava na embaixada do Brasil como primeira secretária e conselheira. Ela estaria retornando para o Brasil no próximo ano.

"A Lys terminaria sua missão na Tailândia na metade do próximo ano e meu genro tinha comprado uma casa em Brasília, porque sempre que eles viajavam ela carregava tudo, feito tartaruguinha, caramujinho, com casinha nas costas. Ela estava muito feliz de voltar ao Brasil, porque estava há alguns anos fora do país", lembrou Tereza. "Eu agradeço a todos os amigos, aos colegas, a todas as pessoas que oraram pedindo que minha filha estivesse viva", completou.


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