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Lula promete reduzir impostos para quem paga em dia

Cecília Jorge, da Agência Brasil - 07 de dezembro de 2005 - 13:23

As iniciativas para redução dos impostos serão mantidas em 2006, segundo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "A tendência natural é nós irmos na caminhada da redução de mais impostos para que a gente possa dar maior dinamismo à possibilidade de investimento no Brasil, para que a gente dê maior dinamismo aos pagadores", disse.

De acordo com o presidente, a meta é beneficiar principalmente as pessoas que já pagam impostos. "Aqueles que pagam começam a se sentir frustrados porque pagam direitinho e, quando chega um ano, vem o governo e faz um Refis [modelo de refinanciamento de dívidas tributárias] para beneficiar quem não pagou. Quatro anos depois, aparece outro engraçadinho faz uma proposta de outro Refis, ou seja, está sempre negociando para os que não pagaram em detrimento às pessoas justas que pagaram durante todo o tempo os seus impostos", afirmou.

A redução de impostos, na avaliação de Lula, gera maior arrecadação e diminui a sonegação. "Nossa tese é sempre a seguinte: se o imposto for alto você vai receber de menos gente, se o imposto for mais barato você corre o gostoso risco de receber de todo mundo", explicou Lula em entrevista coletiva de rádio nesta quarta-feira (7).

Lula lembrou que no início de seu governo foi apresentado um projeto de reforma tributária que já foi aprovado parcialmente. "Pela primeira vez na história do Brasil recente, as indústrias brasileiras estão tendo mais lucros que os bancos. E, portanto, o imposto de renda aumentou muito por conta dos lucros das empresas", afirmou.

Entre as medidas já adotadas, o presidente citou também a aprovação da Medida Provisória nº 255, a chamada MP do Bem que reduziu a carga tributária para diversos setores, a edição da MP que reduz o imposto sobre produtos da cesta básica e a lei que acabou com a cumulatividade da Contribuição para Finaciamento da Seguridade Social (Cofins).

O presidente ressaltou que a diminuição na arrecadação é uma tendência contrária do que costuma ocorrer em anos eleitorais. "Eu estou remando contra isso. Exatamente em 2006 é que deveriam abrir as comportas para arrecadar mais e gastar mais", afirmou. Lula destacou que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que limita ainda mais a carga tributária para 2006 é o "dado mais sério" desse compromisso do governo.

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