O acordo de livre comércio assinado entre Estados Unidos, América Central e República Dominicana vai beneficiar o Brasil indiretamente, avalia o embaixador Mario Vilalva, diretor do departamento de Promoção Comercial do Itamaraty. As empresas brasileiras com sede na região poderão exportar seus produtos para os norte-americanos com tarifa zero, como prevê o acordo que entra em vigor em janeiro de 2006. O embaixador estima que, em dez anos, serão aplicados US$ 300 bilhões na região.

Por isso, durante visita oficial à Guatemala, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lança o programa de incentivo a investimentos na América Central e Caribe. Entre as empresas brasileiras que estudam investir na região está a indústria têxtil Santista. "Ela vai investir US$ 100 milhões na produção de 25 milhões de metros de jeans por ano, gerando 700 empregos diretos", diz Vilalva. Segundo ele, empresas do setor da construção civil também pretendem investir na América Central.

Durante o encontro que reúne 35 empresários brasileiros, e acontece paralelamente à reunião de chefes de Estado e de governo do Sistema de Integração Centro-Americana (Sica), haverá conversas com empresários da Guatemala, além da apresentação do programa brasileiro de incentivo aos investimentos.