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Geral

Lula diz que salário mínimo não é o melhor dos mundos

05 de setembro de 2005 - 15:39

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou nesta segunda-feira o veto ao salário mínimo de R$ 384 aprovado no Senado e que depois foi ajustado para R$ 300 na votação final na Câmara.

Segundo ele, o mínimo de R$ 384 foi uma tentativa de desgatá-lo politicamente porque quem votou sabia que era inviável para as prefeituras e governos. "Felizmente, a Câmara aprovou um novo salário mínimo, que se não é o melhor dos mundos, mas pelo menos está mais ajustado", disse.

Lula defendeu que houve um aumento do poder de compra nos últimos meses ao comparar o valor da cesta básica sobre o mínimo. Segundo o presidente, o salário mínimo era equivalente a 67% de uma cesta básica em julho do ano passado, valor esse que foi ajustado para 54% em agosto desse ano.

O presidente também anunciou a criação de uma nova secretaria, voltada para o setor de comércio e serviços, e vinculada ao Ministério do Desenvolvimento. Sem dar maiores detalhes, ele afirmou que a nova secretaria deve servir para o setor de comércio discuta com o ministro quais os melhores indicadores de preços para o reajuste de tarifas.

Reforma tributária

Lula também aproveitou seu discurso para rebater críticas ao aumento da carga tributária durante sua gestão. Na abertura do evento, o presidente da Abras, João Carlos de Oliveira, afirmou que a carga tributária aumentou de 24% para 46% durante a gestão do presidente.

O presidente respondeu que no seu primeiro ano de governo foi aprovada uma reforma tributária que "mais ou menos" resolveu a questão pelo lado do governo federal, mas que era necessário aprovar a segunda etapa dessa reforma.

De acordo com Lula, a segunda parte dependeria dos governos estaduais, já que se trata de unificar a alíquota do ICMS. "Depende agora de interesses regionais e locais."

"A parte pertinente ao governo federal foi mais ou menos resolvido. Agora, tem que ser votada a parte pertinente aos Estados brasileiros." Para Lula, os empresários têm que pressionar governadores e deputados para votarem o restante da reforma.


Folha Online

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