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Lula discutirá antecipação do reajuste do mínimo

Nelson Motta / ABr - 16 de dezembro de 2004 - 08:18

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, na noite desta quarta-feira (15), que está disposto a discutir a antecipação do reajuste do salário mínimo para janeiro, no valor de R$ 290. Ele considerou uma grande realização o anúncio, feito ontem, de que o novo valor será de R$ 300 em maio. O presidente acenou com a possibilidade de antecipar o reajuste, depois de ouvir pedido de revisão do mínimo de 11 dos 13 senadores da bancada do PT. Eles participaram de um jantar de confraternização com Lula na casa do líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (SP).

Segundo Mercadante, a reivindicação unânime feita pela bancada do PT ao presidente, durante o jantar, foi pela antecipação do valor de R$ 290 para janeiro. Para o senador, essa medida favorece mais os trabalhadores, que ganhariam praticamente cinco meses de reajuste com uma transferência de renda maior do que R$ 300 em maio. "O presidente disse que acha oportuna essa discussão, que a bancada tem direito e que ele vai ouvir mais. Lula afirmou que a decisão será dele, que está compromissado de colocar R$ 300 no orçamento para maio, mas que é uma discussão que pode evoluir. Nós vamos lutar para que evolua no sentido de antecipar para janeiro R$ 290", afirmou Mercadante.

O líder do governo no Senado explicou que com a antecipação do mínimo, seria dada uma resposta agora, e que o reajuste durante esses meses poderia ajudar as pessoas que têm problemas com a falta de dinheiro. "Como você tem o décimo-terceiro em dezembro, em janeiro, fevereiro e março é exatamente o período que cai a demanda da economia, que as pessoas têm menos, tanto por não ter mais o décimo-terceiro como pelas férias. Se você antecipa o salário mínimo, você também ajuda a impulsionar o crescimento econômico num momento de queda do consumo do investimento da produção", argumentou Mercadante.

De acordo com o líder, o presidente Lula, durante o jantar, fez longo relato, que durou uma hora, começando com agradecimentos à bancada, ao Senado e ao Congresso. Sobre o programa Bolsa Família, citado na conversa com os senadores, o presidente prometeu que o programa não será prejudicado, pelo seu grande alcance social. Ele falou também dos projetos para o Nordeste, destacando o do Biodiesel, que vai impulsionar a agricultura familiar.

O aprimoramento da relação com o legislativo foi também uma preocupação do presidente Lula manifestada no jantar com a bancada do PT no Senado. Segundo o parlamentar, o presidente disse que a partir de agora vai procurar agendar mais encontros para ouvir a base parlamentar. "Ele disse que quer mais periodicidade nesses encontros e que marque com mais antecedência essas oportunidades ", acrescentou Mercadante.

Participaram do jantar com presidente Lula os senadores Flávio Arns (PR), Fátima Cleide (RO), Paulo Paim (RS), Ana Julia Carepa (PA), Sibá Machado (AC), Cristovam Buarque (DF), Delcídio Amaral (MT), Ideli Salvatti (SC), Eduardo Suplicy (SP) e Serys Slhessrenko (MT). Os senadores Tião Viana (AC) e Roberto Saturnino (RJ) não compareceram ao jantar por motivos particulares.

O cardápio incluiu comida típica de Santa Catarina. Na entrada, ostras gratinadas e camarão ao bafo, além do prato principal - inhoque e bife a rolê. Na sobremesa, o presidente Lula e os senadores comeram mousse de maracujá e gelado de natal com frutas cristalizadas. O jantar foi preparado por dona Helena, a mãe, e dona Marta, tia da senadora Ideli Salvatti (SC).

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