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Geral

Lula cita amizade com Delfim como amadurecimento politic

Ana Paula Marra e Julio Cruz Neto/ABr - 12 de dezembro de 2006 - 07:10

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que mudar a postura política no decorrer dos anos é algo que faz parte da evolução da espécie humana. Como exemplo, citou a mudança de atitude em relação ao deputado federal Delfim Netto (PMDB-SP), que foi ministro durante o regime militar. “Passei vinte e poucos anos criticando o Delfim e hoje sou amigo dele”.

Discursando para uma platéia de empresários em São Paulo, onde recebeu o prêmio Brasileiro do Ano da Revista IstoÉ, o presidente relembrou a história de crescimento brasileiro, citando como exemplos o governo Juscelino Kubitschek e o regime militar. Neste contexto, disse que até hoje ninguém fez o país crescer sem provocar inflação – como ele se propõe a fazer no segundo mandato – e mencionou a mudança de seu posicionamento político como condição para levar adiante este projeto.

“Acho que a evolução da espécie humana é assim. Quem é mais de esquerda vai ficando mais de direita. Quem é mais de direita vai ficando mais social-democrata, mais de centro. E as coisas vão confluindo de acordo com a quantidade de cabelos brancos que você tem e a responsabilidade. Não tem outro jeito", afirmou Lula. "Se você conhecer uma pessoa muito idosa esquerdista, é porque ela está com problema. Se conhecer uma pessoa muito nova de direita, é porque também está com problema". A platéia caiu no riso e aplaudiu.

O presidente reafirmou que está buscando, junto aos ministros, “destravar” o Brasil, para que o país possa crescer mais e com inflação baixa. “O passo seguinte vai ser crescimento econômico, com desenvolvimento, distribuição de renda e educação de qualidade. E espero estar vivo para, daqui a quatro anos, vocês me darem o prêmio de brasileiro que cumpriu com as palavras assumidas durante a campanha”.

Lula defendeu que para o Brasil crescer, é preciso, sobretudo, gerar mais empregos, fortalecer a democracia, ter sindicatos e um Congresso fortes e uma imprensa livre. E não perder de vista, sobretudo, a manutenção da baixa inflação. “Se deixarmos a inflação voltar a dois dígitos, ela vai para três, porque os mesmos que brigam a vida inteira contra a taxa de juros não brigam contra o aumento da inflação. Até porque no Brasil tem gente que ganha com a inflação, e certamente não são os trabalhadores brasileiros”, disse.

Lula participou da cerimônia de entrega dos prêmios Brasileiro do Ano, pela Revista IstoÉ, Empreendedor do Ano, pela IstoÉ Dinheiro, e Personalidade do Ano, pela IstoÉ Gente.


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