O líder do Governo na Câmara, deputado Professor Luizinho (PT-SP), descartou hoje a possibilidade de existir qualquer vinculação entre a votação do salário mínimo de R$ 260, marcada para amanhã, com a emenda da reeleição das mesas diretoras da Câmara e do Senado. O deputado garantiu que o jantar marcado para a noite de hoje na casa do presidente da Câmara, João Paulo Cunha, se destina exclusivamente à discussão sobre o mínimo.

O líder reafirmou ser favorável à reeleição, mas garantiu não existir nenhuma possibilidade de discussão do assunto paralelo ao salário mínimo. “A reeleição virá à sua hora e ao seu tempo. Não misturamos temas explosivos como esses”, disse. A emenda que prevê a reeleição das mesas diretoras da Câmara e do Senado foi rejeitada pelos deputados há cerca de um mês.

Questionado se o governo estaria sendo pressionado para liberar emendas em troca de votos para o salário mínimo, o líder enfatizou que não existe qualquer pressão por parte dos parlamentares nesse sentido. “São compromissos do ano passado e do início deste ano. Não tem nada a ver. Não passa e nem passará por essa votação”, disse. Na avaliação de Professor Luizinho, o governo vai ganhar a votação dos R$ 260 para garantir a estabilidade da economia e a geração de empregos. “E é com esta responsabilidade que a Câmara reafirmará os R$ 260”, afirmou.

O líder também descartou a possibilidade de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetar a MP do salário mínimo caso os deputados aprovem o valor de R$ 275 aprovado pelo Senado. “Não trabalho com a possibilidade do veto do presidente, em absoluto”, garantiu o líder, afirmando ter certeza da vitória. “Aqui não tem luta política como no Senado. Aqui temos clareza que o presidente chegou ao limite do possível”, enfatizou.