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Luizinho apóia Usinas em audiência pública

Aline Avancini - 27 de outubro de 2005 - 05:38

A audiência pública promovida pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) para debater a instalação de usinas de álcool na Bacia do Alto Paraguai (BAP), lotou o plenário da Assembléia Legislativa ontem. Na ocasião, o deputado estadual Luizinho Tenório (PL) esteve presente e defendeu a implantação de usinas na região. Com o deputado, dezenas de pessoas estiveram presentes para reivindicar essa saída para o desenvolvimento econômico da região Norte de Mato Grosso do Sul.
Durante a segunda audiência pública para debater a questão, realizada na Casa, estiveram presentes o Sindicato Rural Patronal de Coxim, reivindicando a aprovação do projeto de Lei que possibilitará a implantação dos empreendimentos sucroalcooleiros na região, assim como também uma caravana do município de Três Lagoas, acompanhada da presença do prefito da cidade Mário Alberto Kruger (PT).
Para a servidora pública de Rio Verde, Maria Eleonice Ferreira de Souza, “mesmo a região de Rio Verde, que é apontada como dentro Pantanal, está bem distante dessa realidade. Nós estamos na parte alta da Serra e acabamos sendo discriminados dessa oportunidade. Com isso o município só vem a perder. O frigorífico e o laticínio da cidade já fecharam e Rio Verde perde cada vez mais gente para outros municípios por falta de oferta de emprego”.
Segundo Luizinho, a instalação de usinas de álcool na região da Bacia do Rio Paraguai – à margem direita da BR-163 (sentido Campo Grande a Sonora) – é a melhor forma de diversificar a economia em Mato Grosso do Sul, gerando cerca de 15 mil novos empregos. “Esta será outra opção de geração de renda para o Estado, o que não irá deixar Mato Grosso do Sul tão suscetível a crises como a que estamos passando da aftosa. Precisamos sair desta dependência do binômio boi e soja”, ponderou.
Assessoria de Imprensa
Deputado Luizinho Tenório



Este é o segundo dos três debates que serão promovidos pela Assembléia Legislativa antes da votação do Projeto de Lei 170/05, do Poder Executivo, que altera a Lei 328/82, que veta a instalação de empreendimentos sucroalcooleiros na planície sul-mato-grossense.
Participam da audiência o presidente da Fundação Cândido Rondon, Ido Michels; o pesquisador em direito ambiental e membro da Advocia Geral da União (AGU), Luís Carlos Silva de Moraes; o gerente regional do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), Nereu Fontes; o procurador do Ibama, Carlos Alberto Ferreira de Miranda, que representa a ministra de Meio Ambiente, Marina Silva; o diretor das Promotorias do Pantanal, promotor Alexandre Raslan; o presidente da CCJR, deputado estadual Onevan de Matos (PDT); o segundo vice-presidente da Assembléia, deputado estadual Semy Ferraz (PT); a assessora da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Márcia Corrêa de Oliveira; o presidente da Comissão de Meio Ambiente da OAB/MS, Danilo Gordin Freire; a professora do Centro Universitário Unaes, Natália Pompeu Monteiro Padial; o professor e pesquisador do Grupo de Estudos em Agronegócios da Fundação Cândido Rondon, Rubens Silvestrini; Pedro Freitas e Rosana Siqueira Bertucci.
A audiência pública será realizada durante todo o dia de hoje no Plenário Júlio Maia. Cada membro da mesa deverá falar por aproximadamente 20 minutos. Neste momento, Michels e Silvestrini expõem os fatores econômicos para a instalação das usinas de álcool no Pantanal. Um dos pontos ressaltados por Michels é o valor do hectare da terra, que chega a custar R$ 12,7 mil em São Paulo, contra R$ 3,8 mil em Mato Grosso do Sul.
O Governo estadual argumenta que as usinas vão gerar empregos e desenvolver a região norte do Estado. Líder da oposição ao projeto, o deputado Ary Rigo (PDT), destacou a falta de estudo descartando o risco de desastre ambiental na bacia pantaneira. Ele foi o autor da Lei 328, que proibiu, após grande mobilização da sociedade, a instalação de usinas na planície pantaneira.

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