Um novo método, baseado no levantamento por amostra das casas onde existem o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, antecipa a localização da doença. A informação é do coordenador do Programa de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho.

"Esse é um levantamento mais preciso, porque ao invés de você fazer uma amostragem, por bairro, por exemplo, de uma cidade, você faz esse levantamento em aglomerados, de 9 a 12 mil imóveis. Esse levantamento dá informações preciosas ao município como: do grau de infestação do mosquito, dá pra saber qual tipo de criadouro onde o mosquito está proliferando e outros", comentou Giovanini.

O método, chamado de Liga (Levantamento de índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti), permite detectar as áreas infestadas com o mosquito. Segundo o coordenador do Programa de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, este tipo de trabalho possibilita avaliar o nível de infestação do município em um curto espaço de tempo. "O mais importante é que essa informação dá condições ao gestor local de tomar iniciativa para reduzir índices de infestação, como as visitas dos agentes de saúde às casas e ações fora do setor de saúde", explicou.

As áreas onde é mais preocupante o controle da dengue são Rio de Janeiro e região metropolitana, Recife e região metropolitana e Belo Horizonte e região metropolitana. "Todos esses grandes aglomerados urbanos, que têm condições climáticas propícias são motivos de preocupação. O Rio e Recife, que além de serem grandes centros urbanos e terem condições climáticas favoráveis, são portas de entrada de turistas, o que pode propiciar, por exemplo, a introdução de um novo sorotipo da dengue, e aumentar o risco da ocorrência de transmissão da doença".