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Limites para evitar que filhos não se tornem violentos

Agência do Rádio - 22 de outubro de 2008 - 08:03

O que leva uma pessoa jovem a ter uma atitude de violência extrema? A morte trágica de uma adolescente de apenas quinze anos, em Santo André, no Estado de São Paulo, chocou o País na última semana. A menina Eloá Cristina Pimentel foi seqüestrada e assassinada pelo ex-namorado Lindemberg Alves, de vinte e dois anos, em sua própria casa, depois de cinco dias de cativeiro. O motivo: o fim do namoro de dois anos. Para a psicóloga Cristiane Decat, o que aconteceu pode ter sido o resultado do meio em que o agressor vivia. Ela explica que, muitas vezes, os pais deixam de impor limites aos filhos na infância e eles crescem com dificuldade de lidar com a frustração. Quando viram adultos, podem ficar violentos, se forem contrariados, como aconteceu com o ex-namorado da jovem Eloá. É o que afirma a psicóloga Cristiane Decat.



"As crianças, as pessoas estão sendo criadas de uma forma em que esse 'não' não faz parte da rotina delas, muitas vezes, os pais têm pouco tempo para estar com as próprias crianças e não colocam limite. E quando colocam limite a gente vê que essas crianças ficam numa agressividade muito grande em resposta a esse limite e aí acaba que os pais vão cedendo. Então, eles vão aprendendo que a agressividade resolve o problema, ele não, simplesmente, tenta compreender a situação."

A psicóloga também destaca que não é saudável o namoro de homens mais velhos com adolescentes, já que o nível de amadurecimento dos dois e as prioridades são diferentes. Segundo a médica, é um relacionamento que precisa de atenção.

Reportagem, Cynthia Ribeiro

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