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Líder do Governo quer mais reuniões com aliados

Agência Câmara - 07 de abril de 2004 - 08:45

O novo líder do Governo na Câmara, deputado professor Luizinho (PT-SP), anunciou nesta terça-feira, na primeira reunião com os partidos aliados, que vai intensificar as reuniões para discutir as posições da base aliada. Ele informou que as reuniões serão semanais para garantir uma maior negociação e uma distribuição eficiente, entre os líderes e vice-líderes, do acompanhamento dos projetos de interesse do Governo. A intensificação das reuniões atende a pedido da própria base aliada.
As reuniões serão realizadas todas as terças-feiras, às 11 horas, além de reuniões de emergência que poderão ocorrer. No próximo encontro, já haverá uma pauta de trabalho para tratar dos projetos a serem votados na Câmara. Professor Luizinho, afirmou ainda que não há tensão no relacionamento entre os líderes. "O importante é isso: o líder tem que compreender que não é de um partido. Ele é o líder do Governo e a base do Governo é composta por vários partidos. A ação de buscar a unidade, o consenso ou buscar a ampla maioria se faz sempre presente e necessária".

Heterogeneidade política
O líder do PSB, Renato Casagrande (ES), acredita na nova dinâmica que será desenvolvida pelo deputado professor Luizinho. Ele alerta, no entanto, que o ideal seria que o líder não fosse do PT para que houvesse uma divisão mais heterogênea das funções dentro da base. "O presidente Lula deu um sinal positivo no início do mandato colocando Aldo Rebelo, do PC do B, como líder do governo e, depois, o Miro Teixeira. Essa heterogeneidade política é importante para o Governo. O Governo já tem uma imagem de ligação muito forte com o Partido dos Trabalhadores e a presença do líder aqui era o espelho de que o Governo estava fazendo uma ação com os aliados, articulada com os aliados. Com a indicação de um deputado do PT diminui essa heterogeneidade e isso na política é perigoso".

Já o presidente do PTB, Roberto Jefferson (RJ), manifestou apoio ao novo líder do Governo na Câmara. Ele afirmou que o nome de Luizinho é o mais indicado no momento para ocupar a liderança, pois o líder precisa “ter coragem para cobrar dos ministros os interesses dos partidos” que apoiam o governo.




Reportagem - Poliani Castello Branco
Edição - Paulo Cesar Santos


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