A partida desta noite no Monumental de Nuñez tem um sabor especial para o Paulista de Jundiaí. Além de a equipe debutar na competição sulamericana, enfrentar o River Plate tem maior relevância porque a equipe argentina é o adversário a ser batido, pensamento compartilhado pelas outras equipes do Grupo 8. Os argentinos já foram campeões da Libertadores em duas ocasiões: 1986 e dez anos depois.

Para a equipe de Jundiaí, vencer significa reencontrar os bons resultados, adquirir confiança para o returno no torneio sulamericano e ganhar fôlego para disputar posições no Paulistão. No Estadual, a equipe está em queda livre: na 12ª rodada era a sétima colocada e, três rodadas depois, perdeu quatro posições. Nas últimas cinco partidas do Paulistão, apenas uma vitória.

O goleiro Rafael, destaque da equipe, acredita que, mesmo atuando fora de casa, em um dos estádios mais tradicionais da América do Sul, o Paulista tem time para vencer o River. "Um jogo contra o River é especial, mas temos chances de chegar e surpreender. Vamos dar o máximo de cada um de nós". O experiente Muñoz, que já pisou no gramado quando atuava pelo Palmeiras, engrossa o coro. "Jogar no Monumental de Nuñez é uma novidade para o nosso grupo, mas podemos vencer, como outros times já venceram o River na casa deles". Na Libertadores deste ano, os argentinos venceram seu único jogo em casa, 4 a 3 sobre o equatoriano El Nacional.

O treinador Wágner Mancini tem duas dúvidas para definir a equipe titular que vai à campo esta noite às 21h15. Beto e Sammir brigam por uma vaga no meio campo. Outra dúvida é quem será o companheiro do colombiano Muñoz no ataque: Jean Carlos e Wesley Brasília brigam pela preferência de Mancini.

Além destes, Mancini conta com dois retornos certos. Lucas, lateral direito, está recuperado de contusão. Amaral, volante, também começa entre os titulares do Paulista.

Legião de lesionados

O principal adversário do River esta noite é a contusão de jogadores. O atacante Luciano Figueroa teve uma ruptura dos ligamentos da rótula esquerda. O zagueiro Leonardo Talamonti também desfalca o elenco comandado por Daniel Passarela.

O maior desfalque, sentido pelos argentinos e comemorado pelos brasileiros, é o meia Gallardo. O atleta sofreu uma contratura no músculo adutor esquerdo e é ausência certa esta noite. Quando questionado sobre contusão de Gallardo, o treinador do Paulista comentou: "Ele é um jogador diferenciado, que faz parte da Seleção Argentina e pode definir o jogo".

A única disputa de vaga no escrete do River se dá na lateral esquerda: Lucas Mareque ou Frederico Domínguez.





Matéria de autoria: Heitor Augusto