O Ministério da Educação está finalizando um levantamento para identificar com precisão quantos professores de química, física, matemática e biologia faltam no ensino médio público. Dados preliminares do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC) revelam a falta de 250 mil professores.

Criada em março do ano passado, a Comissão de Aperfeiçoamento de Professores do Ensino Médio e Profissional (Capemp) tem como tarefa traçar alternativas para suprir a carência de educadores. Para a diretora de ensino médio da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Lúcia Lodi, o levantamento vai auxiliar as atividades da comissão. “O problema é diferente em cada região, de estado para estado, e em áreas de conhecimento. Para propormos as medidas, precisamos ter dados que exprimam a realidade da forma mais fiel”, explicou.

De acordo com o secretário de educação básica, Francisco das Chagas, o MEC trabalha para que todo o conteúdo do ensino médio seja ministrado em sala de aula, mesmo com a falta de professores. “A falta de professores em sala de aula é responsabilidade dos sistemas”, afirmou. “Estamos elaborando uma proposta. Vamos conversar com os secretários estaduais de educação para que não aconteça de os alunos terminarem o ano sem ter noção das disciplinas nas quais faltam professores.”

A Capemp estuda duas opções. Uma delas é assegurar ao professor em sala de aula a formação que é definida pela legislação para que ele possa exercer a função docente. Outra é considerar para os casos extremos a possibilidade de assistência aos alunos por meio do programa de educação a distância.

Repórter: Flavia Nery