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Geral

Lembranças de viagens de Carlos Pulino

Carlos André Prado Pulino – médico oftalmologista - 19 de julho de 2010 - 07:47

VATICANO II
O Vaticano é circundado por uma muralha alta e circular, entra-se por um grande portão de ferro e já se encontra na imensa Praça de São Pedro, que mede, em seu maior diâmetro, cerca de 240m. Sempre fica apinhada de gente. À direita vemos uma escadaria bem ampla, com degraus baixos e largos que nos levam à entrada principal da imensa Basílica de São Pedro. Olhando para a fachada externa ficamos impressionados pelo tamanho e, quando entramos, temos a impressão de que é ainda maior. A riqueza e a suntuosidade do local fazem com que a gente se sinta muito pequeno, insignificante até. As palavras não conseguem traduzir o sentimento e a emoção que tomam conta de nós ao entrarmos nesse ambiente. É seguramente a maior igreja que eu já visitei. A entrada se dá por uma porta menor que fica à esquerda da Basílica. Há uma porta maior, à direita, mas esta só é aberta a cada 25 anos, e é chamada de Porta Santa. Geralmente os papas declaram um Ano Santo a cada 25 anos. A ultima vez em que foi aberta, pelo Papa João Paulo II, foi no dia 24 de dezembro de 1999 e assim permaneceu até o dia 06 de janeiro de 2001, quando ele novamente a fechou.. A Basílica tem o formato típico de uma cruz, medindo 186m de comprimento, uma área de 15.160m² e sua cúpula tem 119m de altura! A gente fica com o pescoço totalmente dobrado para trás para poder ver a cúpula e o teto, de tão altos que são. Precisamos até nos apoiar numa das paredes para não perder o equilíbrio. A Basílica possui inúmeras capelas no seu interior. Sua lateral direita abriga uma capela de nome “La Pietá”, A Piedade, e bem a sua frente encontra-se a terceira escultura mais famosa de Michelangelo, a Pietá. Não é difícil encontrá-la, pois ao entrarmos na Basílica, à direita, vai ter sempre um monte de turistas rodeando a escultura. Esculpida quando ele ainda era jovem, em 1498, mesmo ano em que Savonarola foi queimado em praça pública, esta obra transmite uma grande melancolia. O autor representou Jesus morto no colo de Maria. Na primeira vez que a visitei, pude tocá-la, mas isso ficou impossível na segunda oportunidade, porque houve um maluco que tentou destruí-la com um martelo e, depois disso, ela precisou ser restaurada e foi isolada numa urna de vidro à prova de bala. Tem ainda inúmeras outras obras de arte, ficando impossível lembrar e falar de todas.

A Basílica foi erguida no local em que o apóstolo Pedro foi martirizado e morto e dentro dela fica também o seu túmulo.

No seu subsolo encontram-se as “grutas”, nome como os guias turísticos chamam o local onde são sepultados os Papas e, alem dos túmulos, podemos ver também diversos objetos da antiga Basílica e os vestígios da igreja do século V, sobre a qual foi edificada a Basílica atual. É um local amplo, com túmulos em mármore, separados um dos outros por uma parede e às vezes tendo uma grade na frente para impedir aproximações. Alguns túmulos ficam um pouco afastados das grades, não sendo possível se aproximar deles. Tem o nome de cada papa escrito em sua lateral. Na entrada tem uma placa branca de mármore com o nome e a data do pontificado de cada papa até hoje. Na minha ultima visita a este local, eu tirei fotos nos túmulos dos papas João XXIII, Paulo VI e João Paulo I, papas do Século XX, quando eu já era nascido. Vi também o túmulo do papa Pio XI, que foi quem proclamou Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do Brasil. Na minha próxima visita, devo voltar ao local para visitar o túmulo de João Paulo II, que foi colocado no lugar do papa João XXIII; este foi canonizado por ele no ano de 2000 e seus restos mortais foram transferidos para outro local.

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