BÉLGICA
A Bélgica é um país diferente dos outros, pois parece ser formada por uma mistura da cultura de vários países, principalmente Holanda, França e Alemanha. Pra começar, lá não tem uma língua oficial, as pessoas falam dois idiomas: mais ao norte predomina o holandês que chega a ser considerado até mais puro que o da própria Holanda, e no sul, o francês. Nas escolas belgas, é obrigatório o ensino destes dois idiomas, além de um terceiro, que pode ser inglês ou alemão, isto demonstra que o povo belga além de culto é aberto ao mundo. A explicação está nas diferentes origens das comunidades, uma flamenga ao norte e outra, vala ao sul.
Outra coisa interessante é que a Bélgica pertence ao grupo chamado de países baixos. Isto se deve a sua altitude ser próxima a do mar, em alguns locais é até mais abaixo dele. Na planície costeira, existem dunas e polders, que são uma espécie de duna de areia para conter o avanço da água do mar; e nos locais mais distantes, possui canais que drenam a água dos campos. Seu ponto mais elevado tem apenas 694 m de altura!
Antuérpia é a segunda maior cidade da Bélgica, tem cerca de 960 mil habitantes, e é um dos maiores portos do mundo, à margem do Rio Escalda. É considerada como o Centro Mundial do Diamante, pois nesta cidade são negociados 80% dos diamantes
brutos e 50% dos diamantes lapidados do mundo.
A Bélgica também é conhecida como o país da batatinha frita, da cerveja e do chocolate, e este, para o meu gosto, é o melhor do mundo. Supera até o da Suíça! Já da cerveja, diz-se que, uma pessoa pode provar uma diferente em cada dia do ano e talvez não chegue a experimentar de todas elas. Encontramos no aeroporto, umas brasileiras que residem por lá e elas nos contaram sobre os vários sabores de cerveja existentes, até de morango e cereja tem. Falaram ainda das delícias de pães e roscas típicas, com especiarias, que são encontrados em lojas especializadas. São de dar água na boca e de fazer a gente pensar em voltar com mais tempo para degustar estas novidades todas.
Entre os Séculos XVI e XVIII, a Bélgica pertenceu ao império Espanhol, em 1815 foi anexada à Holanda, e só 16 anos depois, tornou-se independente.

BRUXELAS I

Foi nesta cidade, capital da Bélgica, que eu pisei pela primeira vez o solo europeu, e fui imediata e irremediavelmente picado pela mosca azul das viagens internacionais.
Isto aconteceu no ano de 1995, quando saímos de São Paulo pela extinta Vasp, com destino a Bruxelas. Foi uma viagem longa. O avião, um MD-10 lotado, não tinha autonomia para voar direto até lá, de modo que tivemos de fazer uma escala no Recife para abastecimento e aí sim cruzar o Oceano Atlântico em direção ao nosso destino, totalizando cerca de 15hs de vôo. Como era minha primeira viagem internacional, a minha expectativa era muito grande e havia muitas incertezas pelo que estava a minha espera. Para aumentar ainda mais minha ansiedade vejam o que aconteceu logo na saída: a aeronave partiu do terminal, se encaminhou para a cabeceira da pista e ali ficamos aguardando a autorização da torre para decolar, mas o tempo passava e nada de o avião sair do lugar. Já estava meio cismado quando, após uma eternidade, o comandante comunicou que estaríamos retornando ao terminal porque havia um problema! Soubemos depois que um passageiro havia despachado a bagagem, mas, não tinha embarcado e, por segurança e normas internacionais, não se permite uma bagagem desacompanhada do seu respectivo dono. Estas normas visam à segurança e o principal temor é de que haja uma bomba. No nosso caso era bagagem com droga que estavam tentando mandar para a Europa. Resolvido o problema – ufa! - lá fomos nós.
Aproveitamos a primavera européia, que ocorre nos meses de março, abril e maio, por ser baixa temporada e ter preços melhores nas passagens de avião e nas diárias dos hotéis. Em reais, uma passagem aérea até Bruxelas hoje estaria custando aproximadamente R$ 1610,00 e uma diária em um hotel duas estrelas em torno de R$ 138,00. Estes valores, na alta temporada, ficam uns 50% mais caros!
Uma curiosidade de Bruxelas e que turista algum deixa de visitar para conhecer e tirar fotos, é a Fonte Manneken Pis. Nela tem uma pequena estátua de bronze de um menininho urinando, que data de 1619 e ele é o símbolo da cidade. Existem várias lendas a respeito da estátua, uma delas se refere a uma guerra em que a cidade estava sitiada pelos inimigos, e estes provocaram um incêndio. Como não houvesse água suficiente, um menino se prontificou a urinar e a apagar o fogo, livrando a cidade do pior. Lenda por lenda, o menininho ficou famoso e é sempre muito visitado, mesmo em dias de chuva, como na época em que lá estivemos e ainda precisamos ficar aguardando nossa vez para uma foto de recordação.