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Geral

Leia o artigo de Alcides Silva sobre a Língua Portuguesa

Alcides Silva - 01 de junho de 2007 - 11:17

“Deixa eu ver” ou “deixe-me ver”

Os verbos bastar, deixar, faltar, fazer, mandar, ouvir, restar ou sentir quando acompanhados de infinitivos não admitem pronome do caso reto (eu, tu, ele, etc.), mas somente os oblíquos (me, mim, te, ti, o, a, lhe, etc.). Como a forma verbal expressa um pedido ou uma ordem, o modo é o imperativo afirmativo e o correto é deixe-me ver.
O imperativo afirmativo é formado da seguinte maneira: não existe a primeira pessoa do singular, porque ninguém dá uma ordem ou faz um pedido a si mesmo: as segundas pessoas são as mesmas do presente do indicativo, suprimindo-se apenas o “s” final, as demais pessoas são as mesmas do presente do subjuntivo; o imperativo negativo é inteiramente formado pelo presente do subjuntivo, antecedido pelo advérbio “não”:
Presente do Presente do Imperativo Imperativo
Indicativo subjuntivo afirmativo negativo
deixo deixe — —
deixas deixes deixa não deixes
deixa deixe deixe não deixe
deixamos deixemos deixemos não deixemos
deixais deixeis deixai não deixeis
deixam deixem deixem não deixem
“Em princípio” ou “a princípio”
O emprego das preposições não é arbitrário. Se eu disser “Em princípio sou contra a pena de morte” estarei exprimindo uma posição filosófica, religiosa, definitiva. Todavia, se disser “A princípio sou contra a pena de morte” estarei me referindo a uma posição momentânea, mutável.
Em princípio pode ser substituído pelas locuções “em tese”, “em teoria”; a princípio, pela expressão “num primeiro momento”.
“Ao invés de” ou “em vez de”
Ao invés de significa “ao contrário de”; “em vez de”, “em lugar de”. “Invés” é o oposto, o avesso, o contrário: “Dei-lhe uma boneca e ao invés de agarrá-la, jogou-a ao chão”. “Em vez de” indica substituição ou troca: “Em vez de ir à aula, foi ao cinema”. Observação muito importante: nunca escreva ao envevz de. Essa palavra não existe.
“De modo que”
O correto é de modo que, de forma que, de maneira que e não ‘de modos que’, ‘de formas que’ ou ‘de maneiras que’.
“Porventura”
É sinônimo de acaso e escrito numa palavra só. Por ventura não existe.
“Nada a ver”
Nada haver não existe. O certo, pois, é “nada a ver”.

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