A VISITA do presidente da Funai na próxima 4ª. feira é mais um capítulo nesta novela que nos aflige.. André e Jerson e a Famasul vão mostrar os estragos que a demarcação pretendida já está fazendo em nossa economia.

O DEPUTADO Azambuja diz que os preços da terra em Maracajú desabaram. Todos com a calça na mão. O deputado Jerson lembrou um dado oportuno: na reserva Kadiueu da Bodoquena, com 550 mil has, vivem só 1.265 índios.

O DECRETO 1.775 de 1.995, assinado por FHC é o bicho. Com ele a FUNAI criou asas e deu no que deu. A solução seria uma PEC para devolver ao Senado a competência para legislar sobre o assunto. Mas até agora...

INVESTIR em terras no Estado nesta situação duvidosa? É como você oferecer apartamentos num prédio construído pelo Sergio Naya (aquele!), dizendo que não há riscos de desabamento, que os materiais eram de primeira.

AS CAMPANHAS da Justiça Eleitoral na TV. alertando para o eleitor escolher bem seu candidato, na pratica não funciona. O eleitor acha que é a hora da “onça” beber água e quer levar algum tipo de vantagem financeira.

AS SIMULAÇÕES do trem que passa enquanto o motorista recolhe objetos do porta-luvas e do zumbido da abelha no ouvido do eleitor são ótimas, mas não são levadas a sério. Tenho ouvido relatos escabrosos de “mordidas”.

E PIOROU... Com as proibições dos juízes eleitorais, os candidatos levaram a pior. O candidato é obrigado a ir à casa do eleitor e aí leva uma mordida sem dó, longe de testemunha ou câmera escondida.

A JUSTIÇA Eleitoral é passiva, depende de provocação e denúncias. Ela não tem estrutura para prevenção consistente ou ainda para investigar. No papel as eleições serão tidas como limpas, mas nos bastidores pioraram.

BARGANHAS Antes havia cargos de confiança como diretor de escola, Exatoria, Delegacia de Polícia, Iagro e CIRETRAN. Hoje é gente concursada ou do quadro e ao que parece a Exatoria seria a exceção que resiste.

PORTANTO os acordos antigamente eram mais fáceis devido a essas moedas de troca. Hoje não há como nomear facilmente devido a lei que prevê concursos. Compor candidaturas, principalmente no interior, hoje é fogo!

PERGUNTA: qual partido sairá fortalecido nestas eleições? Setembro será decisivo para as candidaturas e a única previsão consistente é a de que o PMDB, pela estrutura de poder, possa eleger entre 20 a 25 prefeitos.


DEPUTADOS viajam em campanha pelo interior e cada qual vende seu peixe para nós da imprensa da capital. Há reclamações pelas interpretações de juízes eleitorais, que talvez temendo excessos, optam pela proibição.

“PROIBIR tudo na campanha é mais fácil ao Juiz Eleitoral inseguro” – desabafou um assessor de deputado. Lembrava que o Magistrado deve ser capaz e sensível para interpretar o que é legal e o que é abuso de campanha.

CONCLUSÃO: Teremos mais uma vez eleições com velhos vícios e problemas, graças não só ao eleitor, mas sim ao próprio legislativo nacional, que não busca reformas, optando mais em servir ao Executivo, que tudo pode.

ADVOGAR... cada vez mais difícil! A magistrada não permitia que os autos fossem entregues ao advogado e nem a intervenção de Fábio Trad a convenceu. Aí o “cap” da OAB ligou ao presidente do TJ. que disse sim.

SUCESSO Bastou uma semana para que a TV.Record-MS agradasse em cheio com seus dois jornais diários: às 11 e às 18,00 horas. A qualidade profissional do pessoal é o ponto alto da nova fase que já acena com mais novidades.

BOBAGENS E CIA Um candidato diz que acredita em Deus, outro que é evangélico, outro que é faixa preta de karatê e assim por diante. E termos práticos, isso não habilita ninguém ao exercício de legislador de gabarito.

CANDIDATOS tentam mostrar um perfil irreal para impressionar. E sabem quais as reais atribuições de um vereador? Saberão interpretar códigos, leis e propor, se preciso for, medidas judiciais em defesa dos cidadãos?

MARCOS TRAD era tido pelos meus leitores como um exemplo de cidadão que se preparou para ser vereador. Não estavam errados. Sua postura acabou levando-o à Assembléia onde brilha com a mesma intensidade.

NEPOTISMO Presenciei a fala de Jerson Domingos sobre a questão do nepotismo na AL. Não irá se indispor com colegas que empregam parentes, acreditando que o bom senso deles falará mais alto diante da cobrança da mídia.

O ASSUNTO tende a motivar debates nas próximas sessões da casa, mesmo porque será natural a divulgação de nomes de parentes beneficiados. Preparem-se para ouvir os mais “interessantes” argumentos dos empregadores.

A TENDÊNCIA é que a OAB-MS não perca essa grande chance de colher dividendos junto à opinião pública e cobre na justiça a demissão da parentalha dos deputados, vereadores e governantes. O assunto promete!

CUNHADO NÃO É PARENTE! ( Paulo Maluf)