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Leia Amplavisão, por Manoel Afonso

Manoel Afonso - 03 de setembro de 2010 - 10:35

DOURADOS-1: A administração pública não reflete a pujança econômica. Aliás, é justamente a economia forte que atraiu aventureiros e picaretas para a política. Basta olhar no retrovisor político douradense para aferir.

BAITA IRONIA na propaganda da Câmara de Dourados num site de notícias da internet: “O vereador é quem fala por você. Vereador – a voz na defesa de seus direitos. Tudo passa pela Câmara, que vota leis....uma saúde melhor...”.

DOURADOS-2 Amado por muitos, odiado por alguns. É a situação do colega Passaia ao delatar o esquema de corrupção da prefeitura, que lembra o personagem de Gabriel Garcia Marques no livro “Crônica de Uma Morte Anunciada”.

PASSAIA corre riscos? Claro, por uma série de circunstâncias. Dourados é uma cidade perigosa e no caso, com a agravante de ter prejudicado interesses políticos e econômicos de vários grupos. Mexeu numa casa de maribondos.

PERGUNTO: Dourados ficará à espera de um novo “Salvador da Pátria”, oriundo de camadas populares ou mesmo das elites? O problema é que o eleitor não tem memória. Muitos mensaleiros, por exemplo, foram reeleitos.

ARTUZI tinha a bandeira da defesa dos humildes. Chegou onde chegou com esse papo de gente simples, tipo colono do Sul. Mas no poder, com a caneta na mão, tirou a máscara e não resistiu a tentação do ganho fácil-ilícito.

O ELEITOR que votou em Artuzi está decepcionado com o peso das acusações e deve estar matutando: “por que não votei no Murilo!” Esse eleitor ingênuo imaginou que o discurso da indignação de Artuzi fosse verdadeiro.

QUANDO Artuzi ganhou a eleição, aconselhei alguns caciques que o apoiaram a montar uma equipe técnica qualificada para auxiliar o novo prefeito. Mas com seu estilo personalíssimo, Artuzzi espantou possíveis colaboradores.

MEMÓRIA: Quando Passaia foi convidado por Artuzi, ele trabalhava conosco na TV. Record. Como conselho, cheguei a lembrá-lo do estilo “esquisitão” do prefeito, levando em conta sua postura como deputado na Assembléia.

O FUTURO de Artuzi: tem moral para continuar prefeito até o final do processo? Ele será visto – também pelos companheiros (e tem?) – como um leproso político, sem chances de tentar voltar como o grande injustiçado.
SEM VOLTA! Na política vale a versão postada na mídia. Não adianta desmenti-la a longo prazo. E neste caso, as imagens vistas na TV e internet, funcionam como nitroglicerina pura de efeito altamente devastador.


O DESMANCHE da Câmara de Dourados é outro caso sério que terá conseqüências políticas inevitáveis. Virá uma nova safra de pretendentes e como sempre ocorre, no meio de gente bem intencionada, virão novos picaretas.

NOCAUTEADOS Aurélio Bonatto, Marcelo Barros e Sidlei Alves, além do risco de perder o mandato na Câmara, inviabilizaram suas atuais candidaturas. A propaganda deles no horário gratuito é nociva aos respectivos partidos.

EMPREITEIROS Oxigenam a corrupção na política. Das colunas sociais para o noticiário policial com extrema naturalidade. Desta vez 4 deles caíram na rede, mas como sempre, acreditam no “instituto da impunidade”.

MARCOS TRAD: “Do início da CPI (2007) até hoje, nossa tarifa de energia elétrica reduzida em 16,18%. Apenas em 2010 a Enersul pediu aumento de 6,62% e após nossa defesa, a Aneel reduziu a tarifa residencial em 1,15%”.

ÍNDICE de cálculo na reavaliação tarifária: 1999 +14,94%; 2000 +11,93%; 2001 + 21,33%; 2002 +11,95; 2003 +32%; 2004 +14,48%; 2005 +17,47%; 2006 +5,47%; 2007 +3,46%; 2008 -15,21%; 2009 =0,00% e 2010 -1,15%.

CONCLUSÃO: O desempenho de Marquinhos nas pesquisas é o reflexo natural de sua conduta ao longo de seu mandato. Ora! A escolha do eleitor passa pela análise de benefícios obtidos graças a atuação do parlamentar.

HIPOCRISIA A “mordida” de líderes evangélicos no interior espantou um candidato à Câmara. Em Dourados, Carlinhos Cantor e mais 3 “irmãos (vereadores) evangélicos” também mostraram que não são tão santos assim.

SEGUNDO a última pesquisa do IPEMS a visita de Lula não alterou o quadro eleitoral no MS e assim a eleição seria liquidada no 1º turno. Confirma-se a previsão: o eleitor separa o Palácio do Planalto do Parque dos Poderes.

LAURO DAVI Está colhendo os frutos de seu excelente trabalho no comando da Cassems e pode estar garantindo vaga na AL. A Cassems figura no 7º lugar no índice estadual das empresas com maior valor de mercado.

DE NOVO? Dilma acena com a volta da CPMF. Mas o país não vai bem? Ora! Fazemos doações milionárias e perdoamos dívidas de países “amigos”, mas não sobra grana para a saúde. Vocês já viram esse filme, não é?

PRECISOU, mais uma vez, a Justiça fazer o papel que o Legislativo não fez. Agora foi a questão dos humoristas, que estavam impedidos graças a uma lei em vigor. Depois a classe política reclama da ingerência do Judiciário.
Pudera...

“Não existe corrupção sem obras” (ditado popular)



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