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Leia a íntegra do Café com o Presidente

Agência Brasil - 06 de agosto de 2007 - 07:06

Brasília - Apresentador: Bom dia, você, em todo o Brasil, começa agora o programa de rádio do presidente Lula. Tudo bem presidente?
Presidente: Tudo bem, Luiz.

Apresentador: Presidente, o senhor anunciou, na última sexta-feira (3), mais recursos para obras de saneamento e urbanização de favelas. Isso é dinheiro do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, destinado a obras que podem ajudar a melhorar as condições de vida nas cidades. Quase todos os estados já foram contemplados, não é isso presidente?
Presidente - Luiz, o Brasil inteiro vai ser atendido e é importante que a gente ressalte que é a maior política de investimento em saneamento básico da história deste país. Aliás, é importante afirmar, Luiz, que poucas vezes, no Brasil, houve políticos que gostavam de fazer obras de saneamento básico.

Apresentador: Por que isso, presidente?
Presidente: Porque você, para fazer saneamento básico, tem que cavar um buraco, enfiar o tubo e tapar o buraco. Ou seja, significa que é uma obra que você não pode colocar uma placa, você não pode colocar o nome de um parente, ou seja, e isso, muitas vezes, na cabeça de muitos políticos brasileiros não dá voto. Quando, na verdade, o troféu que a gente tem que ter como resultado de uma forte política de saneamento básico não é uma placa com o nome de um parente, mas é uma criança saudável brincando na rua, sem esgoto a céu aberto. É uma criança sem verminose, é uma criança sem doenças adquiridas por falta de tratamento de água e de esgotamento sanitário. É isso que nós estamos fazendo. Luiz, é importante lembrar: nós vamos investir R$ 504 bihões, dos quais R$ 106 bilhões serão aplicados em habitação e R$ 40 bilhões em saneamento básico. Nós, até este instante, já fizemos e esta é outra novidade importante que o povo tem que saber, é que nós apenas não decretamos que tinha dinheiro. Ou seja, nós chamamos os governadores, chamamos os prefeitos de 375 cidades, 27 governadores, faltam apenas dois governadores na verdade, Paraná e Rio Grande do Sul, que eu vou visitar quando voltar da viagem pela América Central, e esses prefeitos e esses governadores assinaram um protocolo com o governo. Um protocolo vendo qual era a obra que ia ser feita e nós demos prioridade para regiões metropolitanas dos grandes centros urbanos brasileiros porque é lá que está o maior problema de degradação da moradia, degradação da estrutura familiar, violência, crime, narcotráfico, ou seja, quando nós chegarmos com urbanização de uma favela, o saneamento básico, junto vai chegar uma escola, junto vai chegar uma área de lazer, junto vai chegar um ponto de cultura, junto vai chegar, sabe, uma melhoria na segurança pública naquele bairro. E a novidade é o compromisso dos governadores. Uma parte do dinheiro, os governadores que tem capacidade de endividamento fizeram dívida, a outra parte é dinheiro do orçamento da União. E o que é importante é que, além de reativar a construção civil, além de melhorar a qualidade de vida do povo, vai gerar emprego. O nosso desejo, agora, é que essas obras que foram anunciadas agora, até fevereiro elas estejam licitadas e estejam gerando os empregos e a melhoria de vida que tanto nós precisamos para o nosso Brasil.

Apresentador: Você está ouvindo o Café com o Presidente e hoje falamos sobre o PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento. Os R$ 40 bilhões vão ser investidos até 2010, presidente. A população vai começar a perceber essas obras a curto e médio prazo?
Presidente: Ela vai começar a perceber porque a vida dela vai melhorar. Ou seja, ela vai ter uma rua mais limpa, ela vai ter coleta de esgoto, ela vai ter água potável, ou seja, vão melhorar os dentes das pessoas, vai melhorar a saúde das crianças, o que é mais importante, vai diminuir a mortalidade infantil. Eu tenho ouvido dizer, pela Organização Mundial da Saúde, pelo ministério, alguns falam: para cada real aplicado em saneamento básico você economiza três [reais] na saúde. Outros falam: para cada real, você economiza quatro ou cinco, ou seja, eu acho que se economizar um já vale a pena a gente fazer, porque significa que a saúde preventiva é importante porque fica mais barato você evitar que a pessoa fique doente do que você cuidar da pessoa depois que ela ficou doente.

Apresentador: Presidente, os municípios e estados contemplados com essas obras serão escolhidos baseados em dados técnicos ou o segmento partidário vai contar também?
Presidente: Na verdade, o critério é eminentemente técnico, ou seja, eu não quero saber se o prefeito é do PFL, do PT, do PMDB, do PSDB, do PTB, do PR, do PCdoB. Eu quero saber se aquela cidade tem as condições técnicas que permitem que este dinheiro seja aplicado e se tem o processo de necessidade da população. Então, o critério é um critério técnico. Ou seja, nós olhamos para a cara da população, para as necessidades da população e aí, se tiver o problema, recebe o dinheiro. Na semana, quando eu voltar desta viagem pela América Central, nós vamos começar a anunciar as obras de infra-estrutura no que diz respeito a estradas, às ferrovias, a gasodutos, a tudo, a portos, a aeroportos, ou seja, tudo que tiver de infra-estrutura na área de transportes nós vamos anunciar também e começar a liberar o dinheiro para que as obras comecem a acontecer. Algumas já estão em andamento, outras vão começar a andar agora, outras ainda precisam de licenciamento. O dado concreto é que nós vamos fazer deste país um verdadeiro canteiro de obra em se tratando de infra-estrutura.

Apresentador: Certo, presidente. Obrigado e até semana que vem.
Presidente: Obrigado a você, Luiz, e até a próxima semana.


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