Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Quinta, 28 de Março de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

Leia a coluna de Manoel Afonso

Manoel Afonso - 27 de agosto de 2004 - 11:09

QUESTÃO. Em tempos de crise, de panela vazia, qual a prioridade para o povo mais pobre? Obras suntuosas, projetos de respostas futuras ou simplesmente uma cesta básica que garanta a sobrevivência menos miserável?

PARA um velho político estadual, as elites brasileiras falharam exatamente neste ponto. Seus projetos foram a longo prazo, sem resultados imediatos, sem um pragmatismo que resolvesse as aspirações de quem é realmente pobre.

E PROSSEGUE o observador: ...o povo quanto mais pobre, mais simples é em seus sonhos. Não quer muito. Apenas o básico é o suficiente. Os governantes sofisticaram os mecanismos, que dificultou a eficácia dos benefícios.

OS PETISTAS invertem a mão nesta relação com o povo. Usam a formula “feijão com arroz”: atende-se as aspirações básicas e fatura-se politicamente. Será que ninguém percebeu antes o que faltava na casa do pobre?

CLIENTELISMO? Claro que é, mas com outra denominação e métodos. Não melhora o pensamento político da Nação, mas funciona como um pronto socorro. Se o pobre é maioria , priorizar sua satisfação é bom negócio.

EXEMPLO. Ao exaltar o asfaltamento de uma rodovia, o líder político, ouviu uma boa do eleitor pobre: “doutor, eu não tenho carro; nunca vou usar essa estrada. Pode ser bom para quem tem carro, para quem viaja.”

CONCLUSÃO. Na ótica desse eleitor a estrada não era prioridade. Quem sabe, talvez, outros benefícios: uma ajuda mensal, uma cesta básica, remédios e assistência médica por exemplo. E é aí que o PT age com eficiência.

PERIGOSO esse jogo na relação com o eleitor, porque cria dependência como já vimos em outros governos e países. Mas cada qual faz o pode para se manter no poder. O povo quer pão e circo. É o que estamos assistindo!

COMPARAÇÃO do leitor: ...enquanto o técnico Bernardinho encanta a todos nós com sua postura e determinação na busca do aprimoramento, nossos políticos decepcionam, insistindo
na direção oposta, ignorando a opinião pública.

DA LEITORA: ...Lula me sacaneou...falou que ia pagar a diferença da aposentadoria que o Collor tomou...mas agora recua querendo pagar em oito anos...com 75 anos acho que não vou usufruir disso...se arrependimento matasse...

EX-DESEMBARGADOR Figueiredo foi questionar porque um cheque seu, de R$100,00 estava exposto numa loja de Paranaíba e ouviu: “ não ia descontar o cheque do meu cliente mais ilustre . É uma honra exibi-lo”.

DIRETÍSSIMO. Para se identificar, candidato usa apelido. Às vezes funciona. Na capital, um simpático médico japonês, no programa na TV se identifica como “my boddy”. Como diz o Zé Simão: “mais direto impossível”.

É GUERRA! No interior as campanhas políticas tem inovado, como os debates nas emissoras de rádio. Mas outras práticas resistem, como as carreatas antes dos comícios, na tentativa de seduzir o eleitor indeciso. Mas carro não vota!

PROTESTAR como oposição sempre foi fácil. Foi assim que muitos incompetentes e demagogos se elegeram por conta das besteiras da Ditadura. Falavam em liberdade, mas sem
propostas. No poder decepcionaram.

CUIDADO! Nas eleições municipais o fenômeno se repete por aí. Dar credito à oposição que só sabe criticar, é tão inócuo quanto acreditar na situação – cujas propostas sejam utópicas. O voto, é um cheque em branco!

REFLEXOS: 85% dos jovens não querem votar; 79% ainda não têm candidatos e 37% tem na corrupção o maior problema da política brasileira. E não são alienados: 96% acompanham o noticiário político. Culpa dos políticos!

CONCLUSÃO: diante de tanta sacanagem envolvendo políticos, da impunidade, da mesmice dos discursos os jovens estão céticos quanto as promessas que ouvem. Se eles estão assim, quem vai dirigir o país no futuro?

ZERO. Na capital os candidatos estão empatados em ruindade quando se fala em programa eleitoral na TV. Todos eles usam chavões conhecidos, que em nada acrescentam ao eleitor para analisar a proposta de cada um.

O HORÁRIO destinado aos vereadores é outra “glória”. Sem tempo e produção, os coitados ficam espremidos em segundos. Em cada partido, é claro, existem os privilegiados que levam alguma vantagem. Nota zero à esquerda.

LEMBRETE aos candidatos à vereança: não prometam a criação de leis para isso e aquilo. Existem leis de sobra, para todos os males. O que falta é cumpri-las. A Constituição, garante os direitos básicos dos cidadãos.

FALTA pelo menos na capital, o contato direto do candidato à vereador com o eleitor na sua casa. Teme “mordidas” e manda seus cabos eleitorais. Aí, o cidadão que se propõe a representar o povo, comete a primeira incoerência.

1º MANDAMENTO DO CANDIDATO: “ PROMETER É PRECISO! ”




Coluna sob responsabilidade de Manoel Afonso (TV Record e dezenas de jornais e sites do estado)



SIGA-NOS NO Google News