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Leia a coluna Amplavisão, por Manoel Afonso

Manoel Afonso - 01 de outubro de 2004 - 16:24

GOL DE PLACA. O centroavante Luizão é de Rubinéia (SP), divisa com MS., Cidão, seu pai, de trabalhador braçal virou motorista da Prefeitura e será o próximo prefeito. Candidato único, com 95% da preferência dos eleitores.

FUTEBÓL&POLÍTICA. Até aqui muita gente se aproveitou do futebol: os cartolas Laudo Natel, Eurico Miranda, Vadhi Elu, Athiê Jorge Cury, Arnaldo de Sá, José Perrela e os craques Piazza, João Leite e Dinamite, entre outros.

A FAMA também ajudou Marta Suplicy, Celso Russomano, Eder Jofre, Bernardo, Agnaldo Timoteo, Moaçir Franco, Ratinho, Joia Jr., Ely Correia, Dalmo Pessoa, Hélio Costa, Cidinha Campos, Antero Paes de Barros e Ibsen Pinheiro.

O MUNDO da política é diferente do ambiente de esportes e de rádio e TV. Boas intenções e projetos ingênuos sucumbem ao meio do jogo de interesses, da burocracia e das “feras” profissionais. Mais decepções que satisfações.

PELÉ. Errou muito, falou o que não devia. Mas tem um mérito: jamais foi picado pela mosca azul da política. Preferiu continuar sendo badalado. No máximo posou de ministro famoso e sua atuação agradou uns e desagradou outros.

BOM DE BOLA. Franklin Masruha fez sucesso com a camisa 8 do D. Bosco de Cuiabá e repetiu a dose na vida pública. Advogado, foi prefeito de Coxim, diretor do Detran ,deputado e hoje no TC. Sempre na hora e no lugar certo.

OS PROFISSIONAIS liberais vão ingressando na vida pública em suas cidades. Advogados e médicos sempre foram maioria. Agora os dentistas avançam e nestas eleições no MS contei 37 tentando a vereança e 5 a vice prefeito.

A PRESENÇA deles melhora o nível dos legislativos. Presume-se que eles tenham uma visão correta deste poder. No caso do dentista, ele participa da vida da comunidade e no contato diário conhece os anseios da população.

O PERFIL. Sindicalista, líder religioso, líder comunitária ou personagem radical não bastam. É preciso ter capacidade de diálogo e articulação, além de extrapolar diferenças e preceitos. Só uma andorinha não faz verão!

DESAFIOS do eleitor para separar o joio do trigo: descobrir quem está por trás do candidato, analisar o custo de sua campanha, seu passado, projeto de vida, o limite de visão, suas alianças e capacidade de articulação.

NO SANGUE. No interior pouca gente não toma partido para evitar arestas. Ficam na coluna do meio até a reta final, mas não agüentam! É como o carnavalesco ao ouvir o samba: põe a fantasia e vai pra avenida. Não dá pra segurar!


ARTISTA. Como ficar alheio ao que se passa numa pequena cidade, vivendo nela? Só ser for frio, calculista ao extremo ou alienado. Se for um liberal há risco de ser antipático a todos os políticos. Gente sem opinião é perigosa!

NO INTERIOR existem dois grupos: do prefeito e a oposição. Em qualquer reunião fala-se de política: do congresso, dos escândalos, da prefeitura e câmara. Como ser equilibrista, se o homem é um ser essencialmente político?

E MUDA? A cada eleição aquela velha expectativa de se mudar o perfil dos vereadores e da própria administração. Nem sempre o resultado corresponde às expectativas, é verdade, mas o importante é que ao menos, se tentou.

CONTABILIDADE. Quem perderá com os resultados destas eleições na capital? Qual a influência dos números na sucessão estadual? André, Zeca, Delcídio, Londres e Ramez, além do futuro prefeito: os personagens principais.

MAPA. Pelo pouco número de municípios, suas características e lideranças regionais, além dos resultados das eleições estaduais anteriores, é fácil um diagnóstico do quadro do MS. para 2.006. Haveria espaço para mágicas? Difícil.

A CAPITAL decidiu todas eleições até aqui. Ela irradia e influencia o eleitor do interior. Hoje com as emissoras de TV. chegam às principais cidades, o fenômeno tende se ampliar. Mas, vale lembrar o exemplo de Pedrossian.

O RESULTADO das eleições, nas capitais e grandes cidades, influenciará também a sucessão presidencial. São Paulo então nem se fala! Isso, por si só, justifica até o envolvimento de Lula e FHC na campanha.

CANDIDATO. O prefeito Tita atravessou as divisas da centenária Paranaíba para apoiar candidatos nas cidades vizinhas. Irônico, vibrante e mordaz nos comícios, iniciou campanha rumo à Assembléia em 2.006. Pupilo de Ramez.

EMPREGOS. Independentemente do resultado, os candidatos acabaram cumprindo a velha promessa de geração de emprego: cabos eleitorais, motoristas, nas graficas, fabricas de bonés,
de camisetas e outros de forma indireta.

OS ELEITOS. Após a posse precisam continuar mortais, indo de encontro ao povo, ouvir as pessoas para saber de seus anseios e preocupações. Infelizmente, nota-se esse distanciamento após as eleições, o que não se justifica.

DIA SEGUINTE. Aplausos para vencedores e vencidos. Esses últimos tem o mérito de ter colaborado com a democracia e tiveram a coragem de ir às ruas em busca de votos. Merecem respeito. Um dia vencidos, outro dia vencedores. É a vida!


TENTAR É PRECISO – VENCER É SÓ UM DETALHE

Coluna sob a responsabilidade de Manoel Afonso (TV Record e dezenas de sites e jornais no Estado)

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