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Leia a coluna Amplavisão, de Manoel Afonso

Manoel Afonso - 10 de setembro de 2004 - 11:03

GEISEL queria ficar de bem com os políticos e permitiu que o legislativo municipal gastasse até 8% da arrecadação. E aí começou o problema: funcionários, assessores às pampas e mais gastos para justificar o uso do dinheiro.

NO INTERIOR do Estado vereadores inovam no critério para elevar os salários: chegam a
incluir a verba de gabinete como parte do salário de R$9 mil do deputado estadual, que é parâmetro como manda a Constituição.

EXEMPLOS: No município com até 50 mil habitantes, casos de Aparecida do Tabuado e Chapadão do Sul, o salário será de 30% do que ganha o deputado estadual, que tem 75% do subsídio do deputado federal – R$12 mil.

APARECIDA do Tabuado fixou o salário dos vereadores em R$3.250,00 e Chapadão em R$3.980,00. Pelo critério citado, o teto salarial das duas câmara seria de apenas R$2.700,00, de bom tamanho por uma sessão semanal.

O LADO moral, aos olhos do sociedade, é mais importante que o aspecto legal. Nossas leis de encomenda beneficiam certos grupos sociais. Sonhador solitário, advogo o princípio da gratuidade da vereança em pequenas cidades.

PERGUNTO: o que será que os candidatos à vereança estreantes pensam disso? Pensam em mudança de conduta ou simplesmente vão aderir aos “usos e costumes” por ser mais cômodo e vantajoso. Boa pergunta!

COMPARAÇÃO-1: Quantos litros diários de leite, entregues ao laticínio, serão necessários para apurar – livre de despesas – R$3 mil? Isso sem contar o trabalho diário, sem férias, mais capital investido na terra e gado.

COMPARAÇÃO-2: Juiz de Direito, Promotor de Justiça e Defensor Público ganham muito? Não! Há proporcionalidade entre a responsabilidade e exclusividade da função com o que ganham, ao contrário do cargo de vereador.

DO LEITOR-1: ...não construiu mais prisões e esvazia as existentes...para o Ministro da Justiça, o que inibe os criminosos não seria a pena e sim a impunidade...boa piada...é ministro com cabeça de advogado criminalista...

A SOCIEDADE é conservadora neste ponto e cética quanto a aplicação de penas. Não aceita o convívio com seqüestradores, assassinos bárbaros e estupradores, por exemplo. Pergunte a um amigo, o que ele pensa disso.

DO LEITOR-2: ...FHC perdoou a dívida da Nicarágua... Lula - do Gabão Moçambique, Bolívia e Cabo Verde...é o protetor dos caloteiros...e o Brasil deve 300 bilhões de dólares ...e o Governo não perdoa as dívidas do povo.


O VELHO hábito: fazer cortesia com chapéu alheio. E pergunto: O Presidente da República teria poderes para tal medida? O Congresso não teria que ser ouvido? A medida não poderia ser questionada por qualquer um na Justiça?

EM AÇÃO. O programa do PT ganha novo fôlego com Delcídio. À vontade na tela, fala com jeito, usa da sutileza mesclada à simplicidade e não agride. Só agora os marqueteiros descobriram o carisma do senador.

SUMIDOS. Na capital os candidatos à vice ocupam pouco espaço na TV. Esperava-se mais de Marisa, mas a estratégia de campanha decidiu poupá-la. A vice de Dagoberto apareceu falando de turismo. E foi só.

RAMEZ. Envolvido na campanha da filha Simone e faz comícios pelo interior prestigiando companheiros. Sua participação na campanha de Nelsinho tem sido evitada. Só participará se Vander subir muito nas pesquisas.

ARTISTAS. Miltinho Viana, Magali Picarelli, Dino Rocha e Alcides Bernal em dificuldades na visita aos bairros da capital. Em cada casa, um tempão para fotos e demonstrações de carinho do pessoal. Sorte deles!

AVISO. As pesquisas idôneas mostram que os nanicos terão vários representantes na Câmara da capital. Figurões de partidos pesados e tradicionais não conseguirão o quociente eleitoral, entre 17 e 18 mil votos. Anotem!

COBIÇADAS. O colégio eleitoral das “Moreninhas” passa dos 40 mil votos e virou alvo dos candidatos à vereança. Nas suas ruas, a política é uma festa diária: som, cabos eleitorais e visitas de candidatos casa por casa.

EXIGENTE. Até onde o cabo eleitoral “dobra” o eleitor? Mas tem eleitor diferenciado, rotulado até de chato, que quer ouvir da boca do candidato o pedido de voto. E aí, afere o potencial e caráter do candidato.

VAZIA. As eleições esvaziaram aquele burburinho gostoso da Assembléia, onde todos se misturam. Corredores e gabinetes às moscas num clima preguiçoso. Até passar as eleições não haverá mudanças. Faz parte do jogo eleitoral.

CUIDADO. A censura – via Lei Eleitoral – impede certas manifestações na mídia. Um absurdo. A gente escuta – enxerga e não divulga o que o eleitor quer saber. As multas – pesadas inibem qualquer jornalista. Quem sabe, um dia...

“OLHE PARA O RELÓGIO: HORA DE ACORDAR!” – (Mário Quintana)


Coluna sob a responsabilidade de Manoel Afonso (TV Record e dezenas e sites e jornais no Estado)

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