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Geral

Leia a Coluna Ampla Visão de Manoel Afonso - Natal

21 de dezembro de 2004 - 14:11

DEZEMBRO. É quando retiramos das gavetas da memória e do coração as realizações e frustrações do ano. Baús com imagens e mapas de territórios imaginários reaparecem de seus esconderijos como num toque de mágica.

O LEITOR gosta de se identificar. Sabemos disso, e ao longos destes anos nos preocupamos em sair da uniformidade do noticiário. O estilo próprio tenta buscar o leitor da capital, de várias cidades do interior e pela Internet inclusive.

OBJETIVOS: ver a o outro lado da notícia, observar o imperceptível aos olhos e ouvidos comuns, manter a leveza do texto, sem abrir mão do humor e crítica irônica do dia a dia. Os fatos são vistos no pulsar do coração.

ANACONDA. Deu cobra na cabeça. As condenações dos acusados confirmam que no Brasil roubar é bom negócio. Ora! Depois daquele estardalhaço com direito a imagens na TV. Acho que o Rocha Matos vira galã de novela.

VANTAGENS. A legislação brasileira favorece o malandro, rico, é claro! Com um bom advogado então, acaba inocente e processa a União por perdas e danos morais. PDS, Arena, PMDB, PSDB e agora o PT: e nada muda!

DOCE MEL. O Governo do Estado ajudou a apicultura no tocante ao ICMS. Mas ainda falta cumprir a parte tocante a obrigatoriedade do uso do mel na merenda escolar e nas cestas básicas dos programas sociais.

CONVERSEI com Pedro Chaves sobre a apicultura e ele falou do envolvimento da Uniderp na área. O Brasil é o 6º produtor mundial e o MS o 6º do país. Chaves diz que ela é uma alternativa segura de renda familiar.

OBESIDADE. As pesquisas não revelam: tem muita gente sem juízo, alimenta-se mal, mas investe alto no item vestuário. É aquele papo: vale mais a imagem externa, a embalagem, do que o conteúdo. “Por fora bela viola...”

DO LEITOR: “...um balde de água fria no setor produtivo a elevação dos juros...Lula está tímido demais... continua a linha de FHC...isso só ajuda banqueiros...inibe setor produtivo e lá na frente gera desemprego e inflação.”

“FIDES & LABOR.” Amigos de André, entusiasmados com seu prestígio, devido a onda de inaugurações de final de mandato, já acham que ele poderia adotar o lema “Fé e Trabalho” para 2.006. Mas pergunta-se: teremos eleições?

E CUMPRE? Mudar o jeito, largar de fumar, ou de beber, regime para emagrecer, achar um grande amor são das alguns dos projetos que pontuam a vida de muita gente nesta época. Mas quanto tempo dura essas resoluções?





“DE LEVE.” Fechamos o 3º ano como comentarista da TV-Record-MS. O mesmo texto é publicado simultaneamente no CampoGrandenews e Cassilandianews. Entramos agora em férias e só voltamos ao ar em 15 de fevereiro.

PRISÃO. Primeiro foram os prédios de apartamentos, e agora os condomínios fechados ganhando força na capital. Segurança e privacidade são os argumentos básicos. Mas ninguém gosta de pensar no outro lado da moeda.

MODISMO? Lógico que a mídia influencia. A valorização, o retorno do lucro e a satisfação pessoal são discutíveis. E a cidade será ainda mais fria: muros altos, sem crianças brincando nas ruas e sem gente papeando nas calçadas.

A CIDADE vai ficando impessoal, perdendo os trejeitos provincianos. Ricos de um lado, escondidos e o resto por aí. À propósito: dia desses um empresário dizia de seu temor em envelhecer em Campo Grande. Dura questão.

JUVÊNCIO. Pelo que se ouve nos bastidores, o senador anda conversando com várias lideranças, de olho na sucessão estadual. Tudo é possível em política. Fala-se até que estaria sendo visto como candidato a vice-governador.

ENQUANTO a Vigilância Sanitária apertava o cerco nos restaurantes, fazia vistas grossas as péssimas condições da velha feira central. Os comerciantes exigem tratamento igualitário. E será que na nova feira a higiene melhorou?

OS COMERCIANTES alegam que pagam todo tipo de impostos e encargos. Já os feirantes são privilegiados, numa espécie de concorrência desleal. Os donos de restaurantes estão de olho no funcionamento da nova feira. E com razão.

FOMOS buscar no velho, mas sempre atual texto (abaixo) do formidável mineiro Carlos Drummond de Andre, a forma diferenciada de homenagear os leitores e retribuir os votos de boas festas e feliz ano novo. Eis o texto:

“DESEJO À VOCE...

fruto do mato, cheiro de jardim, namoro no portão, domingo sem chuva, segunda sem mau humor, sábado com seu amor, filme do Carlitos, chope com seus amigos, crônica do Rubem Braga, viver sem inimigos, filme antigo na TV, ter uma pessoa especial e que ela goste de você, música de Tom com letra de Chico, frango caipira em pensão do interior, ouvir uma palavra amável, ter uma surpresa agradável, ver a banda passar, noite de lua cheia, rever uma velha amizade, ter fé em Deus, não ter que ouvir a palavra não – nem nunca – nem jamais e adeus. Rir como criança, ouvir canto de passarinho, sarar de resfriado, escrever um poema de amor – que nunca será rasgado, formar um par ideal, tomar banho de cachoeira, pegar um bronzeado legal, aprender uma nova canção, esperar alguém na estação, queijo com goiabada, pôr-do-sól na roça, uma festa, um violão, uma seresta, recordar o amor antigo, ter um ombro amigo, bater palmas de alegria, uma tarde amena, calçar um velho chinelo, sentar numa poltrona, ouvir a chuva no telhado, vinho branco, bolero de Ravel...e muito carinho meu!” .




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