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Lei mudou, mas igreja ainda não sabe como será cerimônia de casamento gay

Elverson Cardoso, Campo Grande News - 08 de abril de 2013 - 08:01

Provimento que autoriza casamento gay no Estado foi publicado na terça-feira (2). (Foto: Reprodução/Internet)
Provimento que autoriza casamento gay no Estado foi publicado na terça-feira (2). (Foto: Reprodução/Internet)

Aprovada recentemente, a decisão judicial que autoriza o casamento gay em Mato Grosso do Sul deve movimentar cartórios mas não deve ter reflexo imediato na Igreja. A católica não tem remota possibilidade de autorizar tal celebração e nem a Anglicana de Campo Grande, a única que aceita abertamente a união de casais homossexuais no Estado, tem uma posição sobre o assunto.

Segundo o reverendo Carlos Eduardo Calvani, padre da Capela da Inclusão, a paróquia ainda não recebeu nenhum casal a procura do ritual, mas, se receber, eles serão informados de que a igreja ainda não pode realizar o casamento, apenas orações e bênçãos em reuniões familiares, o que já ocorre.

A justificativa é de que, como a decisão judicial é nova, a igreja ainda não tem um rito definido para esse tipo de cerimônia aberta ao público. A autorização e o “protocolo” a serem adotados dependem de uma reunião nacional marcada para novembro.

“É meio complicado. Ao mesmo tempo em que a igreja diz respeitar as leis do País, ela não tem, por ser algo novo, um rito próprio para o casamento homoafetivo. Isso precisa ser elaborado”, explicou.

Outro motivo que impede a realização da cerimônia religiosa na Capital é que a comunidade ainda não tem uma capela própria. As missas são realizadas na capela ecumênica do Cemitério Santo Antônio.

O reverendo afirma que a Igreja Anglicana continua a apoiar a união de casais do mesmo sexo e continua a seguir a mesma filosofia. “Estamos no aguardo, com paciência e esperança”, disse, se referindo à reunião marcada para o final do ano.

Apesar do apoio declarado, Calvani explica que o padre, assim como ocorre na Igreja Católica, pode se negar a realizar um casamento, seja de casal hétero ou homossexual.

Para saber mais sobre a Capela da Inclusão em Campo Grande, clique aqui

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