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Lei do abate força mudanças nas rotas do tráfico

Maristela Brunetto / Campo Grande News - 11 de janeiro de 2005 - 15:43

A adoção da lei do abate pelo governo brasileiro acabou forçando os traficantes a mudarem as rotas e táticas para o tráfico de cocaína. A droga, que antes era levada por avião no país, agora, em função do controle do tráfego de aeronaves, chega ao Paraguai e de lá é despachada por terra para o Brasil, dificultando a ação policial.
Reportagem de hoje da Folha de São Paulo aponta que o grupo do traficante brasileiro Ivan Mendes Mesquita, de 42 anos, preso em novembro, enviava cerca de 5 mil quilos de cocaína, via Paraguai, para o Brasil, Europa, Ásia e Estados Unidos. A mudança na rota para o tráfico é confirmada pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), do Paraguai.
Para controlar as mudanças, traficantes estariam comprando fazendas no país vizinho para o pouso de aeronaves que trariam a cocaína da Bolívia, Colômbia e Peru. A diretora de Relações Públicas da Senad, Maria Maciel Castineira, apontou a dificuldade de controle devido à falta de radares. No Brasil, a lei do abate começou em outubro, autorizando que aeronaves não identificadas e sem plano de vôo sejam interceptadas.
No ano passado não houve apreensão de aeronaves pela Polícia Federal no Estado. No ano anterior tinham sido cinco. Segundo a reportagem, a PF não descarta que aviões continuem sendo utilizados.
Na fronteira, em Ponta Porã, o juiz federal Odilon de Oliveira pediu a extradição de 27 traficantes brasileiros que estão presos no Paraguai. Seria uma iniciativa para tentar conter a organização e fortalecimento do tráfico no país vizinho. Esta tarde, o juiz foi procurado pela reportagem do Campo Grande News para falar sobre a atuação do tráfico mas estava em audiência.

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