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Lei do abate fez traficantes mudarem de rota, diz Bastos

Alessandra Bastos/ABr - 17 de março de 2006 - 18:04

Costa Marques (RO) –O tráfico de drogas mudou rotas aéreas por caminhos terrestres e fluviais depois que o Brasil aprovou a lei que permite abater aviões não identificados que entram no território, disse o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. "Acreditamos que, com a lei do abate, mudou muito a tecnologia e a logística dos traficantes. Eles estão usando rotas terrestres e rotas fluviais", disse.

Bastos participou hoje (17) da inauguração do primeiro dos nove postos de fiscalização a serem montados este ano para vigiar os 3,4 mil quilômetros de fronteira entre Brasil e Bolívia. "Este posto é fundamental. Faz parte do processo iniciado em 2003, quando foi criada, na Polícia Federal, uma coordenação especial de operações de fronteira. Sabemos da importância disso. Estamos trabalhando na fronteira do Peru, da Venezuela, do Paraguai e de todos os países limítrofes nossos. Agora é a operação Brabo (Brasil-Bolívia)", disse o ministro.

O ministro explicou que é um trabalho de planejamento estratégico. "O narcotráfico é uma preocupação séria, que pretendemos combater de maneira forte e eficaz. Não simplesmente com força bruta, mas organização feita através de um cuidadoso sistema de inteligência. A prova disso é que a polícia federal, nesses três anos, fez mais de 70 operações contra esse tipo de crime. Foram bem preparadas, de forma que não se disparou um tiro".

Cada posto vai contar com profissionais da Receita Federal, órgãos de Vigilância Sanitária e do Meio Ambiente. As atividades serão coordenadas pela Polícia Federal, que terá 54 agentes nas unidades. A fronteira entre Brasil e Bolívia é muito utilizada para o contrabando de madeira extraída ilegalmente da floresta amazônica e da pesca ilegal. Por meio dos postos, agentes da Polícia Federal poderão prender os criminosos antes que eles saiam do território brasileiro e até mesmo impedir as práticas ilegais.

*A repórter viajou a convite da Polícia Federal e do Ministério da Justiça.

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