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Legista pode ter cometido suicídio, crê Polícia Civil

Humberto Marques/Campo Grande News - 13 de outubro de 2005 - 08:20

A Polícia Civil do Estado de São Paulo não descarta que o legista Carlos Delmonte Printes, encontrado morto ontem em seu escritório, tenha cometido suicídio. Printes foi o responsável pela autópsia do ex-prefeito de Santo André/SP, Celso Daniel, e o principal defensor à época de que o petista foi torturado antes de ser assassinado. Contudo, a hipótese inicial das autoridades policiais é de que o perito tenha morrido de causas “naturais”. O suicídio foi cogitado pelo fato de que o médico deixou com um de seus filhos uma carta, manuscrita por ele, que deixa orientações caso ele viesse a falecer – solicitando que o corpo fosse cremado e não passasse por necropsia. Esse último pedido não será respeitado pela polícia, que necessita dos exames para confirmar a causa da morte.

O corpo do legista foi encontrado no fim da tarde de ontem por um de seus filhos, caído no chão, de cuecas, e sem apresentar sinais de violência. O escritório não apresentava indícios de luta ou arrombamento. Parentes confirmaram que, nos últimos dias, ele apresentava sinais de depressão por conta da morte de outro filho, em acidente de trânsito, e da doença que vitimou outro. Printes, há pouco tempo, sofria de uma doença no coração (que começou com uma gripe, evoluída para pneumonia e, finalmente, inflamação do miocárdio), citada como possível causa da morte.

Printes foi a sétima pessoa a morrer, dentre os envolvidos nas investigações sobre a morte do ex-prefeito Celso Daniel. As investigações foram recentemente retomadas, devido a insistência de familiares – que não acreditam no resultado do primeiro inquérito, que considerou a morte um “crime comum”. Tanto parentes como o perito defendiam a tese de execução sumária, porque o ex-prefeito teria descoberto o esquema de corrupção na prefeitura. Os argumentos de tortura, apresentados por Printes, foram contestados pelo IML (Instituto Médico Legal). Com reportagem do Portal Terra.

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