A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Serviço Social da Indústria (Sesi) e Centro Industrial do Rio de Janeiro (Cirj) lançaram o primeiro plano multipatrocinado de saúde para trabalhadores privados do país. Segundo o presidente em exercício da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), José Leôncio Feitosa, o Firjan Saúde é pioneiro na adequação às novas regras da agência e deve beneficiar inicialmente mais de 10 mil pessoas.

Feitosa afirmou que o plano multipatrocinado deverá servir de modelo para outras entidades empresariais. "Dentro das novas regras, ele é o primeiro plano privado a ser aprovado pela Agência", ressaltou em entrevista à Agência Brasil. "Ele tem a vantagem de ser um plano de autogestão multipatrocinado, ou seja, todo mundo tem responsabilidade: o beneficiário e o dono da empresa, sob o comando da Firjan, que tem um nome a zelar."

O presidente em exercício da ANS qualificou o Firjan Saúde de "poderá servir de exemplo para outras entidades em outros Estados, porque está muito bem formatado e dá proteção ao trabalhador e à sua família, a um custo baixo, porque é um plano sem lucro. Então, é uma coisa para ser seguida em outros estados".

Patrocinado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, Serviço Social da Indústria (Sesi) e Centro Industrial do Rio de Janeiro (Cirj), o Firjan Saúde tem início de operação previsto para o dia 3 de fevereiro próximo, com atendimento inicial a 10.240 beneficiários do Sistema Firjan, envolvendo funcionários ativos e inativos e dependentes. O plano de autogestão está aberto a todas as empresas industriais fluminenses e tem expectativa de atingir 100 mil beneficiários em um ano.

Segundo o presidente do Conselho Empresarial de Política Social e Trabalhista da Firjan, José Arnaldo Rossi, só existem atualmente no Brasil dois planos de saúde multipatrocinados: o da Fundação de Seguridade Social (Geap), patrocinado por vários ministérios e voltado para servidores públicos, e o da Firjan, o primeiro aprovado no setor privado pela ANS.

"As empresas industriais que forem aderindo ao plano se tornam patrocinadoras também", esclareceu. Rossi avaliou que o plano de saúde de autogestão vai beneficiar as pequenas e médias empresas que, pelo reduzido número de funcionários, não possuem o poder de barganha das grandes companhias que possuem um quadro de empregados elevado.

O presidente do conselho salientou, ainda, a característica de abrangência plena do Firjan Saúde, que se concentra muito na prevenção de doenças, destacando a figura do médico de família. "Como é um plano sem fins lucrativos, nós estamos achando que o nosso custo vai ser competitivo e desse custo vão se beneficiar as pequenas e médias empresas", analisou Rossi.