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Ladrões arrombam tumulo e levam ossada de Frei Cirino
Pela segunda vez neste ano, o Cemitério Central de Coxim amanheceu com sepultura arrombada. Desta vez, o alvo dos ladrões foi o tumulo de uma personalidade ilustre do município. Roubaram o frei Cirino, disse uma senhora que acompanhava nesta manhã o trabalho da Polícia no local .
Na sepultura estavam duas urnas, uma grande e outra menor com os restos mortais do Frei Cirino e de um outro padre enterrado mais recentemente.
As ossadas desapareceram. Reforçado com concreto, os túmulos foram violados com ferramentas pesadas, e a impressão de quem viu o resultado do arrombamento é de que o crime foi por encomenda, por ter sido uma ação aparentemente rápida e profissional.
O Frei Cirino morreu há cerca de 30 anos e , como religioso popular, hoje é nome da avenida principal de uma dos maiores bairros da cidade, o Vila Bela, onde fica o segundo cemitério de Coxim.
A Polícia Militar já esteve no local, após ser acionada pelo coveiro. Agora é esperada a perícia.
História - O Frei, que começou a vida cristã no Rio Grande do Sul, foi enviado para Campo Grande em 1972, para a paróquia de Nossa Senhora de Fátima.
Ele passou por Rio Verde de Mato Grosso, até que chegou a Coxim para ser vigário paroquial, onde ficou por nove anos, trabalhando em comunidades pobres da cidade.
Quando morreu, a prefeitura de Coxim decretou em sua memória três dias de luto oficial.
Neste ano, um outro cadáver foi roubado do Cemitério Central. A ossada de um homem foi levada e os ladrões deixaram apenas o blazer que o morto usava no local.
Existe a suspeita de que as ossadas sejam furtadas para rituais de magia negra. (Colaborou Sidney Assis, de Coxim)