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Laboratório investigará morte de crianças no Rio

Cristiane Ribeiro/ABr - 08 de julho de 2006 - 19:38

O Centro de Controle de Zoonoses do município de Campos, no Norte Fluminense, vai encaminhar na próxima segunda-feira (10) à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) parte do material de anatomia patológica recolhido de duas das quatro crianças que morreram no período de um mês, ainda sem explicação.

O material vai seguir junto às coletas laboratoriais de sangue feitas em 20 parentes e vizinhos das crianças que moravam no Parque Santa Rosa, uma área rural da cidade. Segundo o médico, as crianças apresentaram quadro clínico semelhante, com vômitos, náuseas, febrícolas, tonteiras e rapidamente entraram em parada cardio-respiratória seguida de morte súbita com provável hemorragia pulmonar.

Souza acrescentou que ainda não há confirmação da causa das mortes, mas pelos sintomas é possível que seja uma doença transmitida por roedores. “É muito difícil se pensar em outra doença que não hantavirose, transmitida por roedores. É uma forma mais grave que a leptospirose e geralmente são roedores mais ligados às áreas rurais”, explicou.

Ele disse, ainda, que duas crianças tinham quatro anos, uma oito e outra sete meses de idade, a única que chegou a ser hospitalizada. As outras já foram levadas ao hospital com quadro de parada cardio-respiratória. As mortes começaram a ocorrer em maio, com a diferença de uma semana entre um caso e outro.

Na avaliação do médico, a situação é preocupante, por isso os irmãos das crianças que não apresentaram a doença foram levados para casas de parentes.

O diretor afirmou, também, que os moradores próximos às duas casas estão sendo acompanhados por equipes da Vigilância Sanitária e do Programa Saúde da Família. “Estamos trabalhando no local com vigilância permanente. Fizemos higienização das casas e toda a rua está sendo monitorada e qualquer sintoma vamos acompanhar o paciente o mais rápido possível. Temos também armadilhas para capturar roedores. Se recolhermos algum doente, também levaremos para análise do Departamento de Hantavirose da Fiocruz para avaliarmos o diagnóstico”, acrescentou.

Ele observou que o Brasil é o quarto país em incidência de hantavirose. Já foram verificados casos em outros estados como São Paulo, Brasília e Goiás e, ainda, Minas Gerais e Pará.

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